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PF marca para segunda, 8, depoimento de Anderson Torres sobre blitzes da PRF na eleição

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, preso desde 14 de janeiro, terá de explicar o motivo das operações em série da Polícia Rodoviária Federal, corporação atrelada à pasta que dirigia

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Atualização:
Ex-ministro será ouvido sobre operação da PRF no segundo turno da eleição Foto: Tom Costa / MJSP

A Polícia Federal (PF) definiu uma nova data para o depoimento do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na eleição. Ele será ouvido na próxima segunda-feira, 8, às 14h30.

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O primeiro depoimento foi adiado a pedido da defesa. Os advogados apresentaram um laudo psiquiátrico e alegaram que o ex-ministro não estava em condições de responder aos questionamentos.

A investigação é conduzida pelo delegado Flávio Reis. Ele apura se houve uma tentativa de usar a PRF para dificultar o deslocamento de eleitores em redutos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobretudo no Nordeste.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a PF remarcar o depoimento depois que o Governo do Distrito Federal descartou transferir Anderson Torres para o hospital penitenciário. A avaliação foi que o ex-ministro está em ‘bom estado geral’, mas reconheceu que o quadro ‘exige acompanhamento frequente’.

Moraes afirmou que Torres foi ‘devidamente avaliado’ por uma médica e teve os remédios ajustados. O despacho reconhece que o ex-ministro não é obrigado a responder as perguntas e pode ficar em silêncio se preferir.

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“Oficie-se a Direção do estabelecimento prisional onde Anderson Gustavo Torres encontra-se para que providencie as condições necessárias para a realização de sua oitiva, inclusive mediante escolta policial para o deslocamento”, escreveu Moraes.

Anderson Torres está preso preventivamente há mais de 100 dias na investigação sobre o papel de autoridades nos protestos golpistas de 8 de janeiro.

A defesa pediu novamente nesta quarta que ele seja colocado em liberdade provisória. Na última avaliação médica, em 1º de maio, a psiquiatra prescreveu antidepressivo, ansiolítico e antipsicóticos ao ex-ministro. O laudo cita ‘fortes crises ansiosas’. A médica também menciona um quadro depressivo grave e de estresse pós-traumático.

Ele já prestou dois depoimentos desde que foi preso. O primeiro, conduzido pela Polícia Federal, foi sobre os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes e durou dez horas. O segundo interrogatório, sobre a minuta golpista apreendida na casa dele, foi requisitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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