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PGR pede que Supremo receba queixa de Bolsonaro contra Janones por ‘miliciano, ladrãozinho de joias’

Para vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, deputado do Avante ‘em tese, ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos’ da imunidade parlamentar; ‘contexto parece completamente estranho ao debate político’

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Foto do author Pepita Ortega
Atualização:
André Janones e Jair Bolsonaro Foto: Gilmar Félix / Câmara dos Deputados e Wilton Junior / Estadão

O vice-procurador-geral da República Hindemburgo Chateaubriand Filho defendeu que o Supremo Tribunal Federal receba queixa-crime do ex-presidente Jair Bolsonaro e investigue o deputado André Janones (Avante-MG) por supostos crimes contra a honra. Bolsonaro acionou Janones no Supremo Tribunal Federal após ser chamado de ‘miliciano, ladrão de joias, ladrãozinho de joias, bandido fujão, assassino’.

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O deputado também afirmou que o ex-chefe do Executivo seria o ‘responsável pela morte de milhares de pessoas na pandemia’.

Na queixa-crime, Bolsonaro pede que Janones seja investigado e condenado por supostos crimes contra a honra - calúnia e injúria (por cinco vezes). Ainda requereu que o deputado tenha que pagar uma indenização pelos danos causados, no valor mínimo de R$ 20 mil por cada ofensa.

A avaliação de Hindemburgo é que, ao tratar Bolsonaro ‘por miliciano, ladrão de joias, bandido fujão e assassino’ e atribuir eo ex-presidente milhares de mortes na pandemia, o deputado, ‘em tese, ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da imunidade parlamentar material’.

“O contexto parece completamente estranho ao debate político, associando-se apenas à intenção de atingir a pessoa contra quem as palavras foram dirigidas”, argumentou o vice-procurador.

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