A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu na manhã deste domingo, 14, o influenciador, humorista e ex-BBB Nego Di. O mandado de prisão foi expedido na noite de sexta-feira, 12, após ele ser alvo de busca e apreensão em uma Operação do Ministério Público estadual sobre suposta lavagem cerca de R$ 2 milhões da promoção de rifas virtuais ilegais e possíveis fraudes nas redes sociais.
Apesar de a prisão de Nego Di ter sido decretada no mesmo dia em que ele foi alvo de ofensiva por causa das rifas, a detenção se dá na esteira de uma outra investigação, que apura suposto estelionato. Tal inquérito é anterior à apuração que culminou nas buscas na sexta, 12, e se debruça sobre supostos crimes envolvendo uma loja virtual mantida pelo influenciador.
A reportagem busca contato com a defesa do influenciador. O espaço está aberto para manifestações. Após Nego Di ser alvo de buscas, seus advogados afirmaram que “a inocência dos investigados será provada em momento oportuno”.
O Estadão apurou que o Ministério Público e a Polícia Civil coordenaram as diligências de cada uma das investigações para que não houvesse prejuízo a nenhum dos casos. As buscas foram realizadas primeiro para que os investigadores pudesse colher possíveis provas, assim como buscar bens que garantissem o ressarcimento de vítimas.
A Operação que mirou Nego Di na sexta-feira, 12, foi realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul em parceria com a Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre. A ofensiva buscou provas de suposta lavagem de dinheiro “decorrente da promoção de rifas ilegais com premiações em dinheiro e bens de alto valor que não teriam sido entregues às vítimas”
Durante a ofensiva dois veículos de luxo foram sequestrados. Os agentes também encontraram na posse da mulher de Nego Di munição e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro. Em razão da apreensão, a influenciadora digital foi presa em flagrante.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE NEGO DI
A reportagem busca contato com a defesa do influenciador. O espaço está aberto para manifestações.
Após Nego Di ser alvo de buscas, sua defesa informou que não teve acesso aos autos, mas que “a inocência dos investigados será provada em momento oportuno”. Segundo os advogados, “qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados”.
Correções
A matéria inicialmente informava que o mandado de prisão de Nego Di teria sido cumprido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Na verdade, a ordem foi executada pela Polícia Civil de Santa Catarina, apesar de as investigações serem conduzidas pelo Ministério Público do RS.
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