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Moraes prorroga mais uma vez inquérito das milícias digitais

Ministro atendeu a pedido da Polícia Federal, que solicitou mais prazo para ‘prosseguir com as investigações’, sem mencionar diligências pendentes

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Foto do author Rayssa Motta
Atualização:

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira, 10, o inquérito milícias digitais por mais 180 dias.

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O despacho menciona a “necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes”.

A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF), que pediu mais prazo para concluir os inquéritos das milícias digitais e também das fake news. Sobre o segundo, que é sigiloso, o ministro ainda não despachou. O ofício enviado ao STF afirma que a prorrogação é necessária para “prosseguir com as investigações”. Não há detalhes sobre quais são as diligências pendentes.

O delegado Fábio Alvarez Shor, do setor de contrainteligência da PF, é o responsável pelos inquéritos. Foi ele quem pediu a prorrogação. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está entre os investigados nas duas apurações.

O ministro Alexandre de Moraes é o relator dos inquéritos das milícias digitais e das fake news. Foto: Wilton Junior/Estadão

O inquérito das fake news investiga ofensas, ameaças e ataques aos ministros do STF e a seus familiares. A investigação foi aberta em março de 2019, por ordem do ministro Dias Toffoli, que na época dirigia o tribunal. Foi nessa investigação que o ministro Alexandre de Moraes mandou prender dois homens que ameaçaram a família dele.

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Já a investigação das milícias digitais foi instaurada a partir do compartilhamento do material colhido no inquérito dos atos antidemocráticos, em outubro de 2022. Na ocasião, o caso precisou ser arquivado por determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Antes de encerrá-lo, porém, Moraes autorizou o intercâmbio de provas e mandou rastrear o que chamou de “organização criminosa”.

Em um relatório parcial da investigação, remetido ao STF em fevereiro de 2022, a PF afirmou que os elementos colhidos até então corroboravam a hipótese de uma “atuação orquestrada” para promover desinformação e ataques contra adversários e instituições com objetivo de “obter vantagens para o próprio grupo ideológico e auferir lucros diretos ou indiretos por canais diversos”.

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