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Polícia gaúcha prende dois por 'golpe do motel'

Operação Closer, deflagrada nesta quinta, 14, em Canoas, desmontou quadrilha que extorquia vítimas ameaçando divulgar fotos e vídeos íntimos para familiares e cônjuges

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Por Nino Guimarães, especial para o Estadão
Golpe do Motel: Segundo a investigação, a quadrilha extorquia vítimas ameaçando divulgar fotos e vídeos íntimos para familiares e cônjuges. Foto: Polícia Civil

Agentes da 3.ª Delegacia de Polícia de Canoas (RS) deflagraram nesta quinta-feira, 14, a Operação Closer, contra integrantes de uma organização criminosa conhecida pelo ‘golpe do motel’. Segundo a investigação, a quadrilha extorquia vítimas ameaçando divulgar fotos e vídeos íntimos para familiares e cônjuges. Foram cumpridos mandados de prisão em São Leopoldo e Novo Hamburgo. Dois suspeitos foram presos.

A Polícia iniciou as investigações quando uma vítima denunciou, em fevereiro, que criminosos a estavam ameaçando com divulgação de informações de um possível caso extraconjugal com uma garota de programa.

Munida de vídeos e fotos, o grupo exigia R$ 8 mil para não divulgar o material para a cônjuge da vítima.

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A Polícia identificou os líderes do grupo e a forma de atuação.

A delegada Luciane Bertoletti explicou que a quadrilha escolhia monitorar as vítimas a partir dos modelos de carros em motéis de valor elevado.

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Os criminosos registravam a entrada ou a saída das pessoas e, com essas informações, aplicavam técnicas de engenharia social para entrar em contato com as vítimas por telefone e começar a extorqui-las.

Segundo a polícia, o grupo pesquisava o máximo de informações possível sobre cada alvo e sua família em fontes abertas, com o objetivo de garantir maior sucesso nos crimes.

Para o delegado Cristiano Reschke, diretor da 2.ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, a extorsão provoca grande tormento psicológico para as vítimas, que temem a exposição da vida privada para familiares, amigos e a sociedade.

De acordo com o delegado, a Polícia Civil trata esses casos como prioridade, para que as vítimas consigam cessar as ameaças o mais rápido possível. “Os casos devem ser registrados imediatamente, sendo garantido o sigilo”, explica Reschke.

Ele destaca que esses criminosos se aproveitam da vida privada e da intimidade das vítimas para criar um sistema estruturado de ameaças e extorsões. Nesse mesmo sentido, Reschke orienta que as vítimas não façam os pagamentos exigidos, para que não se inicie um ciclo infinito de ameaças.

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