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Opinião|Por que quero ser presidente da OAB em São Paulo?

A nossa valorização passa por uma atuação mais incisiva da OAB-SP na defesa das nossas prerrogativas, garantindo que cada um possa exercer seu ofício plenamente, com autonomia e respeito. É preciso sempre ter diálogo franco, mas com diplomacia e seriedade

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convidado
Por Caio Augusto Silva dos Santos
Atualização:

Ninguém é candidato de si mesmo. Ninguém. Decidi me candidatar novamente à presidência da OAB-SP porque levado por um grupo de advogadas e advogados, acredito que a Ordem dos Advogados deva continuar como uma instituição forte, presente e defensora dos interesses da advocacia, do sistema de justiça, mas, sobretudo, da sociedade.

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Estou convicto de que podemos fazer mais em temas cruciais. Preocupar-nos, superada a pandemia, com a valorização da profissão, o fortalecimento da jovem advocacia, sem esquecer os mais antigos, além de defender de forma intransigente a mulher, garantindo que haja condições dignas de exercer a profissão e cobrar respeito absoluto das autoridades.

Enxergo um enfraquecimento da imagem do advogado perante a sociedade e o poder público, seja pela banalização do nosso papel, seja pela precarização do trabalho, seja porque muitas autoridades passaram a nos ver como adversários. A nossa valorização passa por uma atuação mais incisiva da OAB-SP na defesa das nossas prerrogativas, garantindo que cada um possa exercer seu ofício plenamente, com autonomia e respeito. É preciso sempre ter diálogo franco, mas com diplomacia e seriedade.

Durante minha gestão anterior, lutamos firmemente para garantir que a advocacia fosse respeitada em todas as instâncias e em todos os espaços, ampliando o diálogo com os tribunais e as autoridades. Quero ser presidente porque precisamos intensificar essa luta contra o aviltamento dos honorários, buscando soluções que protejam a dignidade e o valor do trabalho de cada profissional.

Quero ser presidente novamente, porque com a pandemia na gestão anterior, outras prioridades se sobrepuseram. Mas agora, é preciso buscar a equiparação ou a máxima aproximação entre a tabela de honorários e a tabela do convênio com a Defensoria Pública.

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Paralelamente, temos que ter em mente que a jovem advocacia é o futuro da nossa classe e, portanto, merece uma atenção especial. Os primeiros anos da carreira são desafiadores devido à difícil colocação no mercado, à dificuldade na construção de uma rede de contatos, à necessidade de atualização constante diante de um cenário cada vez mais complexo e a busca por estabilidade financeira.

Portanto, é essencial que a OAB-SP esteja ao lado desses profissionais. Durante minha passagem pela presidência da entidade, criamos diversos programas de apoio à jovem advocacia, cursos de aperfeiçoamento, palestras, mesmo com a pandemia como um pano de fundo, o que potencializava as dificuldades. Ainda assim, reconheço que ainda há muito a ser feito.

Quero voltar à presidência para aumentar os descontos iniciais na anuidade aos novos colegas, proporcionar cursos gratuitos síncronos e assíncronos, focar em formação com cursos de aperfeiçoamento para organização de escritórios, marketing jurídico e relacionamento com clientes. Firmaremos parcerias com Escolas de Negócios e implementaremos um programa de mestrado profissional na área de administração legal e gestão jurídica. A OAB-SP precisa ser um espaço de fomento ao conhecimento.

Outra prioridade é a defesa dos direitos das mulheres. Vamos dobrar o tempo de isenção da anuidade para a advogada que teve filhos e dobrar o tempo de auxílio financeiro para a mulher vítima de violência doméstica, duas iniciativas do meu mandato. Vamos dar todo amparo institucional às advogadas que porventura se vejam vítimas dessa covardia. Combateremos, para muito além de discurso, com ações concretas, a discriminação e o assédio. Como parte da sociedade, a advocacia também sofre com essas questões e é dever da OAB-SP liderar ações que protejam as mulheres. Aliás, atentemo-nos aos agressores e também às pessoas que os circundam, levantando falsamente bandeiras de defesa da mulher.

Implementaremos o programa +Saúde Advocacia, que disponibilizará nas sedes da CAASP, ao menos em uma por região administrativa inicialmente, médico disponível para atendimento preventivo da advocacia. Levaremos adiante o CAASPsicologia com um programa de saúde mental e primeiras consultas sem qualquer coparticipação voltado à advocacia. Reabriremos nossos espaços de saber que eram as livrarias e foram incrivelmente fechadas. Essas são algumas das tantas das medidas que serão executadas.

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Muito fizemos, mas ainda temos muito a fazer, com mais ação e menos propaganda. Com o apoio e a experiência daqueles que estão conosco em nossa chapa e nos apoiam nas subseções transformaremos nossa entidade e a levaremos a outro patamar.

Por isso, assumo o compromisso de trabalhar diariamente pelos interesses da advocacia, pela inclusão, pelos direitos humanos, pelo mais absoluto respeito às mulheres. Esta candidatura para o triênio 2025-2027, ao lado de pessoas da maior qualidade, e aqui a homenagem a todas elas na pessoa do sempre presidente Luiz Flávio Borges D’Urso que será nosso Conselheiro Federal, é uma continuação dessa missão.

Eleito, nossa gestão será marcada pelo diálogo, pela inovação e pela defesa intransigente da advocacia e suas prerrogativas.

Convidado deste artigo

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Caio Augusto Silva dos Santos
Advogado, ex-presidente da OAB-SP e candidato à presidência para o triênio 2025-2027. Foto: Alex Silva/Estadão
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