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Procuradoria abre inquérito sobre compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste

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Por Redação
Atualização:
Respirador. Foto: Stefan Schranz/Pixabay/TJSC

O Ministério Público Federal decidiu abrir inquérito para apurar eventuais atos de improbidade administrativa relacionados a contrato de fornecimento de respiradores firmado entre a empresa Hempcare e o Consórcio Nordeste - rede formada pelos governos dos nove estados da região para tratar do combate à pandemia do novo coronavírus. A companhia foi um dos alvos da Operação Ragnarok, que mirou fraudes na aquisição de 300 equipamentos, por R$ 48,7 milhões, sendo que os mesmos não foram entregues.

A portaria de instauração da investigação foi publicada do Diário Eletrônico do MPF desta terça, 9, e é assinada pelo procurador da República Fernando Túlio da Silva.

 Foto: Estadão

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A Rangnarok foi aberta no dia 1º, quando prendeu três pessoas - entre eles representantes da Hempcare - além de cumprir 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A empresa Bioenergy também é alvo das investigações.

Coordenada pela Polícia Civil da Bahia, a ofensiva mirou suposta organização criminosa que deixou de entregar os respiradores comprados pelo Consórcio Nordeste. Segundo a corporação, o próprio consórcio denunciou a ação do grupo, que ainda teria tentado 'negociar de forma fraudulenta com vários setores no país, entre eles os Hospitais de Campanha e de Base do Exército, ambos em Brasília'.

A Polícia Civil da Bahia também informou na ocasião que a Justiça Federal bloqueou mais de 150 contas bancárias vinculadas aos investigados. No dia 29, a Justiça já tinha determinado o bloqueio de R$ 48,7 milhões das contas da HempCare e de seus sócios.

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Sediada em Araraquara, a Hempcare foi contratada para intermediar a compra de respiradores fabricados na China e zelar para que os equipamentos chegassem ao Brasil.

Sucessivos atrasos na entrega dos produtos e a posterior recusa da empresa de devolver o dinheiro já recebido despertou suspeitas entre governadores e autoridades de saúde. Pressionada, a empresa passou a sugerir que o Consórcio do Nordeste aceitasse aparelhos fabricados aqui mesmo, no Brasil, no lugar do modelo chinês encomendado./Com informações da Agência Brasil

COM A PALAVRA, OS INVESTIGADOS

A reportagem busca contato com as empresas investigadas. O espaço está aberto para manifestações.

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