O subprocurador Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, pediu ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informações sobre a derrubada de quatro torres de transmissão de energia elétrica em Rondônia e no Paraná entre os dias 8 e 16 de janeiro.
A Procuradoria investiga se há ligação entre os ataques e os atos golpistas em Brasília no dia 8, quando radicais tomaram a Praça dos Três Poderes e arrasaram dependências do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo, inclusive o Plenário. Relatório da Aneel sobre a queda das torres apontou 'indícios de vandalismo'.
Especificamente com relação à ofensiva bolsonarista em Brasília, Carlos Frederico Santos requereu a procuradores-gerais de Justiça nos Estados e no Distrito Federal, e também aos procuradores-chefes de todas as unidades do Ministério Público Federal, que remetam manifestações e eventuais provas relacionadas aos fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
A Procuradoria-Geral da República já pediu ao Supremo uma série de inquéritos para apurar os atos golpistas do dia 8. O Ministério Público Federal investiga a ação de radicais em quatro frentes de apuração - sobre os depredadores das sedes dos Três Poderes; os financiadores; os 'autores intelectuais' do ato; e 'agentes públicos responsáveis por omissão imprópria'.
Queda de torres
Em primeira instância, a queda de torres em meio aos atos golpistas é alvo de apurações da Polícia Federal e do MPF.
No Paraná, a PF abriu inquérito para identificar envolvidos em suposto crime de 'atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública' por causa da queda de uma torre de transmissão de energia elétrica, localizada na cidade de Medianeira, interior do Paraná, a 585 quilômetros de Curitiba.
Em Rondônia, a Procuradoria instaurou uma notícia de fato (apuração preliminar) para apurar ocorrências nos municípios de Rolim de Moura, Itapuã do Oeste e Vilhena.
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