O Ministério Público Federal abriu investigação sobre a adoção pela Polícia Rodoviária Federal de um questionário a servidores da corporação com perguntas sobre suas inclinações político-partidárias. A Procuradoria em Goiás deu 15 dias para a PRF se manifestar.
Segundo a Procuradoria o objetivo é ‘apurar a motivação, a legalidade, a necessidade e a utilidade desse ato administrativo por parte da PRF’.
A reportagem do Estadão pediu manifestação da Polícia Rodoviária Federal. O espaço está aberto.
O MPF oficiou o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, solicitando cópia integral do questionário distribuído e o envio de todos os documentos e normas internas que subsidiaram a criação e aplicação do questionário.
O questionário foi inserido no âmbito de um curso sobre direitos humanos ministrado à corporação. O documento inclui perguntas sobre a ‘inclinação política do servidor, se de esquerda, centro ou de direita’.
A capacitação foi incluída no curso de formação da PRF após decisão judicial proferida em 2022.
À época, a Justiça Federal determinou que o curso abordasse “temas que envolvam protocolos de abordagem policial a grupos vulneráveis (negros, mulheres, indígenas, quilombolas, portadores de enfermidades físicas e mentais, população LGBTQIA+, etc), com enfoque na seletividade da abordagem policial na população pobre e negra”, atendendo a pedido do MPF, autor da ação.
Este processo segue tramitando na 6ª Vara Federal de Goiás (1028673-25.2022.4.01.3500).
COM A PALAVRA, A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
A reportagem do Estadão pediu manifestação da direção da PRF. O espaço está aberto (pepita.ortega@estadao.com; fausto.macedo@estadao.com)
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