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Procuradoria prende prefeito de Criciúma por fraudes no serviço funerário

Operação Caronte, do Ministério Público estadual, indica que Clesio Salvaro (PSD) era ‘peça fundamental’ na estrutura de organização criminosa por sua atribuição para iniciar alteração de legislação municipal que trata do setor; prefeito ainda não se manifestou

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Foto do author Pepita Ortega
Atualização:
O prefeito de Criciúma, alvo de operação na manha desta terça Foto: Prefeitura de Criciúma

O Ministério Público de Santa Catarina prendeu na manhã desta terça-feira, 3, o prefeito de Criciúma Clesio Salvaro (PSD) no bojo da operação Caronte - investigação sobre fraudes envolvendo o serviço funerário da cidade localizada a 207 km de Florianópolis.

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O prefeito foi alvo de um dos dez mandados de prisão preventiva cumpridos nesta terça-feira. As diligências foram realizadas nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. A reportagem busca contato com o prefeito. O espaço está aberto para manifestações.

A ofensiva é aberta logo após o Ministério Público de Santa Catarina denunciar Salvaro e os demais investigados presos nesta manhã por crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupção e crimes contra a ordem econômica e economia popular.

A Promotoria diz que o prefeito era “peça fundamental” para os fins da organização criminosa, pela competência que detinha para iniciar a alteração da legislação municipal que trata da concessão dos serviços funerários.

”Clesio Salvaro participou e agendou diversas reuniões com o núcleo empresarial sobre a licitação, objetivando benefícios ilícitos às empresas utilizadas nas ilicitudes, acompanhou com proximidade cada passo do certame licitatório, tomou decisões de cunho administrativo nos termos dos interesses do eixo privado, inaugurou a Central de Serviços Funerários, manteve contato com os empresários, marcou e participou de reuniões para tratar de um novo decreto sobre os servições funerários e assinou um decreto cuja minuta foi elaborada pelos empresários de Florianópolis”, registrou o MP na denúncia.

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