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'Que saiba morrer quem viver não soube', diz Gilmar sobre Janot

Ministro do Supremo Tribunal Federal citou poema para se referir à despedida do procurador-geral

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Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura/Brasília

 

Gilmar Mendes e Rodrigo Janot. Fotos: Carlos Humberto / STF e André Dusek / Estadão Foto: Estadão

Instantes antes da última sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o mandato de Rodrigo Janot como procurador-geral da República, o ministro Gilmar Mendes usou um trecho de um poema para se referir à despedida de Janot.

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"Eu diria em relação ao procurador-geral Janot uma frase de Bocage: 'Que saiba morrer quem viver não soube'", disse Gilmar Mendes, habitual crítico de Rodrigo Janot, citando o poeta português Manoel Maria Barbosa Du Bocage.

No julgamento do pedido de suspeição feito pela defesa de Michel Temer contra Janot, nesta quarta-feira (13), Gilmar esteve ausente.

Mais cedo, nesta quinta (14), em sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes havia elogiado, em uma mensagem de despedida, o vice-procurador-geral da República Nicolao Dino. Aliado de Janot, Dino representou o Ministério Público Eleitoral no TSE.

"Tivemos o prazer de trabalhar com Vossa Excelência nesta Corte. Tivemos um diálogo profícuo e certamente construtivo. Creio que todos nós vamos guardar de Vossa Excelência uma boa memória. Desejamos que Sua Excelência continue com sucesso na carreira do Ministério Público. São esses os meus votos pessoais e, creio, de todos os integrantes da Corte", disse Gilmar Mendes a Nicolao Dino, ao final da sessão do TSE.

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Dino agradeceu os elogios do ministro e disse que "ser Ministério Público não é fácil, é muito difícil". "A vida segue, encerra-se apenas uma passagem, um trajetória da minha vida profissional. Sou muito grato à vida e ao destino por ter tido a oportunidade de atuar como membro do Ministério Público perante o TSE", afirmou Dino.

No lugar de Nicolao Dino, Humberto Jacques de Medeiros assumirá o cargo de vice-procurador-geral eleitoral.

Na última quarta-feira (13), Dino fez a defesa da atuação de Janot no caso JBS durante o julgamento do STF. Gilmar Mendes compareceu apenas à segunda metade daquela sessão, depois que os ministros já haviam rejeitado a suspeição de Janot por 9 a 0.

 

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