A Polícia Federal (PF) preparou um modelo de questionário para agilizar o fichamento das pessoas que foram presas em flagrante por participação nos atos golpistas que aconteceram no último domingo, 8, na Praça dos Três Poderes.
Os extremistas tiveram que responder fonte de renda, quem financiou a viagem a Brasília, a data de chegada à capital federal e cidade onde reside, além de escolaridade. Com esses dados, a PF preencheu o Termo de Qualificação e Interrogatório de cada detido.
Os policiais também perguntaram se os manifestantes participaram dos protestos radicais, se invadiram algum prédio e se danificaram ou viram alguém depredar algum bem público.
Outro abordado pela PF foi o uso de redes sociais. Os presos tiveram que informar os perfis e as plataformas usadas e se incentivaram as manifestações em suas contas online.
Ao todo, 1.418 pessoas foram presas em flagrante: 222 na Praça dos Três Poderes e 1.196 no acampamento em frente ao Quartel General do Exército.
Em um primeiro momento, os manifestantes foram levados para a Academia Nacional de Polícia, onde foram lavrados os termos de prisão em flagrante. Em seguida, eles passaram pelo Instituto Médico Legal (IML), de onde os homens foram encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda e as mulheres para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
Outras 599 pessoas foram fichadas e liberadas por 'questões humanitárias'. São idosos, pessoas com problemas de saúde e mães acompanhadas de crianças.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.