A Receita e a Polícia Federal deflagram em São Paulo nesta sexta, 18, a Operação Cartão Black, com o objetivo de combater esquema de desvio de dinheiro público por meio de fraude no abastecimento e nos serviços de manutenção de veículos oficiais.
A força-tarefa, composta de 18 servidores da Receita e 40 policiais federais, cumpre oito mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, nos municípios de Taubaté e Pindamonhangaba, Vale do Paraíba. Também estão sendo cumpridas quatro medidas cautelares de suspensão do exercício da função pública.
O inquérito policial foi iniciado a partir de comunicação da Receita Federal, que ‘apurou indicativos de um esquema criminoso envolvendo dois servidores do órgão, um terceirizado e um funcionário do Serpro’.
Segundo a Receita, as investigações se desenvolveram de forma cooperada com a PF e revelaram que os servidores, o funcionário e o terceirizado ‘atuavam conjuntamente com empregados e proprietários de um posto de combustível’.
A Receita informou, por meio de sua Assessoria de Comunicação, que ‘valendo-se do contrato com a empresa de gestão de frota, a associação criminosa adulterava hodômetros, aumentava a capacidade máxima dos tanques de combustível de veículos, simulava abastecimento em veículos já baixados e confeccionava e utilizava, sem autorização e de forma indevida, cartões de abastecimento oficiais’.
Estima-se que cerca de R$ 500 mil tenham sido desviados. A Receita destacou que o nome da Operação Cartão Black faz alusão a um tipo de cartão cujo limite é alto, vez que os cartões de abastecimento estavam sendo utilizados de forma irrestrita.
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