Com sala e equipe prontas para assumir a secretaria nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo resolve nesta sexta-feira, 1º, a última pendência para assumir o cargo. A aposentadoria do procurador de Justiça deve ser publicada amanhã no Diário Oficial de São Paulo. O desligamento do Ministério Público, após mais de 30 anos na instituição, é uma exigência legal. A Procuradoria-Geral de Justiça não se manifestou sobre a saída.
Sarrubbo começou a carreira no MP em 1989 e encerra o ciclo no cargo mais alto da instituição, o de procurador-geral de Justiça. Ele aceitou o convite do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para comandar a área de Segurança Pública. O anúncio foi feito em janeiro, mas só agora está sendo concluído o processo de renúncia e aposentadoria.
Leia também
Em entrevista ao Estadão, no mês passado, o novo secretário disse que a integração com os Estados e o investimento em inteligência serão as diretrizes de sua gestão para enfrentar o crime organizado.
A saída do Ministério Público antecipou a corrida pelo espólio do procurador-geral. Dois candidatos dividem o apoio da Sarrubbo na disputa pela sucessão - Paulo Sérgio Oliveira e Costa e José Carlos Cosenzo. Também concorrem Tereza Exner, Antônio Carlos da Ponte e José Carlos Bonilha. As eleições internas estão marcadas para o dia 13 de abril.
O procurador-geral foi reeleito e reconduzido em 2022. Depois de uma sequência de eleições marcadas por embates acirrados, a oposição abriu mão de uma candidatura, e Sarrubbo venceu sem sequer enfrentar candidatos competitivos, o que o torna um importante cabo-eleitoral, com grande chance de emplacar o sucessor. A gestão à frente do MP foi marcada pelo estilo comunicativo e transcorreu sem sobressaltos.
Em Brasília, o desafio será melhorar o desempenho do governo em uma das áreas onde a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) goza de menos popularidade.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.