O senador Sérgio Moro (União-PR) fez um pronunciamento nesta terça-feira, 9, depois que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) formou maioria para livrá-lo da cassação, e afirmou que foi vítima de “oportunismo” e “retaliação” pela atuação na Operação Lava Jato.
“A oposição política tem o direito de existir, o que é condição para a sobrevivência da própria democracia”, afirmou. “Os divergentes, em uma sociedade livre, precisam ser convencidos e não eliminados.”
Moro reconheceu que há um “caminho pela frente”, em referência aos recursos que ainda devem ser julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão de cúpula da Justiça Eleitoral, que tem o poder de reverter a decisão dos desembargadores do Paraná. Até uma decisão definitiva, ele fica no cargo.
“Espero que a solidez desse julgamento sirva como um freio à perseguição absurda que eu e minha família sofremos desde o início do mandato”, seguiu Moro.
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O senador afirmou ainda que o julgamento foi “técnico” e “impecável”. “O TRE preservou a soberania popular e honrou os votos de quase dois milhões de paranaenses.”
Por 5 votos a 2, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná rejeitou duas ações que pediam a condenação do ex-juiz da Operação Lava Jato por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. Os desembargadores concluíram que as despesas de campanha não tiveram o potencial de desequilibrar a disputa.
O Ministério Público Eleitoral é a favor da cassação do mandato. O órgão ainda pode recorrer ao TSE, assim como a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e o PL, que movem as ações.
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