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STF julga nesta quarta afastamento de Ibaneis Rocha após atos golpistas

Votação será em sessão extraordinária no plenário virtual; governador do DF foi afastado por ordem de Alexandre de Moraes

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Foto do author Rayssa Motta
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo após atos golpistas do dia 8 de janeiro. Foto: Dida Sampaio / Estadão

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, em sessão extraordinária nesta quarta-feira, 11, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que afastou o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB).

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O julgamento está previsto no plenário virtual. Nessa modalidade, os ministros registram os votos na plataforma online, mas não há reunião ou debate do colegiado. A expectativa é que o afastamento seja mantido.

O plenário não funciona no recesso do Poder Judiciário, mas a presidente do STF, ministra Rosa Weber, decidiu convocar uma sessão virtual permanente, que vai funcionar até 31 de janeiro, quando chega ao fim o regime de plantão. A medida foi tomada após os atos golpistas do último domingo, 8.

Ibaneis Rocha foi afastado do cargo pelo prazo inicial de 90 dias. A decisão de Moraes afirma que o governador foi "conivente" com os extremistas e ignorou apelos de autoridades para reforçar a segurança na Praça dos Três Poderes.

"Absolutamente nada justifica e existência de acampamentos cheios de terroristas, patrocinados por diversos financiadores e com a complacência de autoridades civis e militares em total subversão ao necessário respeito à Constituição Federal", escreveu Moraes.

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O governador, por sua vez, afirma que agiu para evitar "todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio público" e que "jamais esperou" que os protestos escalassem para atos de vandalismo.

Antes dos atos golpistas, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertou os órgãos de segurança do Governo do Distrito Federal sobre o risco "extremismo violento". Relatórios sigilosos chamaram a atenção para ações de manifestantes incitando depredação de prédios públicos e outras investidas radicais.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar se houve omissão do governador e dos comandantes das forças de segurança do DF. O órgão informou que pretende analisar "condutas omissivas e comissivas" das autoridades.

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