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Subprocurador pede reforço de segurança nos Estados e DF após ameaça de novos atos golpistas

Coordenador da Câmara Criminal do Ministério Público Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal uma manifestação pedindo que os responsáveis pelas medidas de segurança nos Estados sejam orientados a monitorar 'todos os possíveis eventos' convocados para esta quarta, 11, e 'identifiquem os manifestantes, promovendo, caso haja a prática de algum crime, a prisão em flagrante'

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Foto do author Pepita Ortega

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador da Câmara Criminal do Ministério Público Federal, quer que governadores, secretários de segurança pública e comandantes-gerais das Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal reforcem a segurança nas capitais e principais cidades nesta quarta-feira, 11, após a identificação de ameaças de novos atos golpistas.

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O alerta se dá após circulação de mensagens que anunciam uma "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder".  A Procuradoria-Geral da República informou ter aberto 'procedimento' para apurar o caso e acionado as unidades do Ministério Público Federal em todo o País para 'monitorar eventuais atos ilegais' assegurando a identificação de pessoas 'que cometerem ilícitos', para posterior apuração.

O órgão diz ter tomado conhecimento da convocação por meio do canal aberto pela Procuradoria para receber informações e denúncias ligadas aos atos golpistas de domingo, 8, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes.

Segundo a PGR, o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos encaminhou ao Supremo Tribunal Federal uma manifestação pedindo que os responsáveis pelas medidas de segurança nos Estados sejam orientados a monitorar 'todos os possíveis eventos e identifiquem os manifestantes, promovendo, caso haja a prática de algum crime, a prisão em flagrante'.

Mais de 1,3 mil pessoas foram denunciadas por envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. Foto: Wilton Júnior/Estadão

Também foi solicitado ao STF que o Ministério da Justiça 'seja informado e orientado a solicitar que os órgãos de inteligência e da Polícia Federal promovam o levantamento e acompanhamento das eventuais manifestações, adotando as providências investigatórias cabíveis, assim como para reforçar a segurança por meio da Força Nacional'.

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A Advocacia-Geral da União já havia acionado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em razão da 'nova tentativa de ameaça ao estado democrático de direito'. O órgão requereu à Corte máxima 'medidas imediatas, preventivas e necessárias, pelas autoridades do Poder Executivo federal e dos Poderes Executivos estaduais, em especial as forças de segurança pública'.

A lista de pedidos da AGU a Moraes inclui: identificação dos veículos nos atos e dos respectivos proprietários; identificação dos manifestantes; e prisão em flagrante dos envolvidos nos atos agendados para esta quarta. Além disso, o governo Lula defende o bloqueio de contas de usuários do aplicativo de mensagens Telegram, no qual, segundo o levantamento do órgão, há mobilização para os protestos.

Inquérito

Nesta terça-feira, 10, a Procuradoria-Geral da República requereu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar supostas condutas 'omissivas e comissivas' do governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

O requerimento foi apresentado após cobranças internas ao procurador-geral da República, Augusto Aras, por uma atuação criminal da Procuradoria-Geral da República sobre a conduta de Ibaneis.

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Como mostrou o Estadãoo gabinete do PGR extinguiu grupos de investigação sobre golpistas no Ministério Público Federal e devolveu a procuradores pedidos de informações ao Exército e à Polícia de Brasília sobre acampamentos em quartéis. Em outro movimento, Aras acionou a Corregedoria contra procuradores que buscavam no Supremo Tribunal Federal (STF) informações para alimentar inquéritos.

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