Escrevo este texto dos Estados Unidos, onde tenho feito boas caminhadas. Você deve estar imaginando que estou em uma praia paradisíaca da Flórida ou, quem sabe, em um dos Parques Nacionais daqui, como o famoso Yellowstone, mas não é o caso.
Estou em Manhattan, no meio do concreto, do vidro e do asfalto. Nova York é uma verdadeira fauna urbana. Tráfego superintenso, calçadas lotadas, caminhões entregando pacotes por todos os lados e as perigosíssimas bikes elétricas dos entregadores. O maior, e talvez único, risco de peregrinar por Manhattan é ser atropelado por uma dessas bikes. Elas não respeitam nada. É preciso ficar atento!
O metrô, por sua vez, está longe de ser limpo e organizado como o de outras cidades pelo mundo. Mas a malha de linhas é impressionante. É difícil não ter uma parada próxima ao seu destino. Ainda assim, só uso o metrô se estou atrasado. Táxi e Uber nem pensar, por conta do trânsito. O que gosto mesmo é de bater perna pela cidade.
Manhattan é uma ilha relativamente pequena. São apenas 3,5 km de largura por 22 km de comprimento. No entanto, tudo acontece por aqui. São 4 milhões de pessoas transitando diariamente pelas ruas da ilha, além de outros 14 milhões na Grande Nova York, que inclui Staten Island, Brooklyn, Queens e Bronx. Todo bilionário ou artista famoso que se preze, seja de onde for, tem um apartamento em Nova York. Enquanto isso, os imigrantes continuam chegando em busca do sonho americano. Estima-se que se fale cerca de 180 idiomas nas ruas da cidade.
Suas principais atrações são mundialmente conhecidas: Rockefeller Center, Central Park, Empire State Building, Times Square, Estátua da Liberdade, entre tantas outras. Não é possível caminhar um quarteirão sem se deparar com algo que chame a atenção — provavelmente algo único, que só existe por aqui. Vestimentas pitorescas; shows de música nas calçadas; vitrines suntuosas (quase todas as marcas têm lojas flagship na cidade); luminosos que fazem a noite virar dia; bares excêntricos; restaurantes luxuosos; arranha-céus de 130 andares; e muito, muito mais. Estima-se que existam 30 mil lugares para comer em Nova York. Além disso, graças à sua fama e diversidade arquitetônica e cultural, a cidade tem sido, desde sempre, o cenário preferido de diretores de cinema.
A escritora Marilyn J. Appleberg define Nova York como o lugar onde o melhor, o mais brilhante, o maior, é a norma. Segundo ela, trata-se da cidade dos superlativos.
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