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Suspeito de negociar decisões em nome de desembargador de SP usou rede wifi da casa do magistrado

Investigadores rastrearam mensagens enviadas por Wilson Vital de Menezes Júnior, apontado como operador da venda de sentenças, e descobriu que elas foram enviadas da internet da casa de Ivo de Almeida, do TJ paulista, alvo principal da Operação Churrascada; Estadão pediu manifestação do magistrado

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Foto do author Rayssa Motta
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Suspeito de intermediar a venda de decisões judiciais em nome do desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, Wilson Vital de Menezes Júnior é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como uma das figuras centrais no suposto esquema descoberto na Operação Churrascada.

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Um dos primeiros esforços na investigação foi buscar provas que ajudassem a reconstituir a relação mantida por eles. Mensagens trocadas por Wilson em setembro de 2023 foram cruciais aos olhos dos investigadores. E não exatamente pelo conteúdo. Elas foram enviadas a partir da rede wifi da casa do desembargador.

A descoberta foi suficiente para a PGR concluir que, além de um relacionamento de longa data, os dois eram próximos o bastante para se encontrarem em reuniões residenciais.

Operação Churrascada mira desembargador do Tribunal de São Paulo investigado por suspeita de vender decisões. Foto: Reprodução/processo judicial

Outras conversas que não têm relação direta com a negociação de decisões chamaram a atenção dos investigadores porque dão pistas dessa relação. Em um dos diálogos, Wilson afirma que o desembargador foi à missa em homenagem ao pai dele, já falecido.

Wilson é filho de Valmi Lacerda Sampaio, que segundo as suspeitas dos investigadores também autuou como um operador da venda de decisões.

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A reportagem do Estadão tem reiterado pedidos de manifestação ao magistrado, que ainda não se pronunciou sobre o inquérito. Ivo de Almeida é investigado por suspeita de vender sentenças e de operar um esquema de rachadinha em seu gabinete. Ele foi afastado do cargo por um ano.

COM A PALAVRA, OS CITADOS

A reportagem pediu posicionamento do desembargador e busca contato com os servidores. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com, pepita.ortega@estadao.com e fausto.macedo@estadao.com).

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