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TCE aprova com ressalvas contas de Doria no exercício de 2021

Em votação unânime, conselheiros chancelaram balanço contábil do ex-governador, contrariando parecer do Ministério Público de Contas, que se manifestou pela rejeição dos gastos; processo seguirá para análise na Assembleia Legislativa do Estado

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Atualização:

O governador João Doria. Foto: Dida Sampaio / Estadão

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) aprovou com ressalvas nesta quarta-feira, 29, as contas do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), no exercício de 2021. A decisão contraria o parecer do Ministério Público de Contas, que sugeriu a reprovação dos gastos.

O voto do conselheiro Sidney Estanislau Beraldo, vice-presidente do TCE e relator do balanço, foi acompanhado por unanimidade. Foram seis votos favoráveis.

Documento

O voto do relator

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A sessão durou mais de cinco horas. Com o parecer favorável da Corte de Contas, o processo segue para análise na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Houve um saldo orçamentário favorável de R$ 5,93 bilhões.

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Conheça os principais pontos analisados pelo TCE-SP:

  • Execução orçamentária e financeira;
  • Aplicação do mínimo previsto em lei na Saúde e na Educação;
  • Respeito aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF);
  • Acompanhamento dos gastos para enfrentamento da crise da covid-19;
  • Execução contábil, financeira e operacional de precatórios;
  • Repasse de verbas federais.

A contabilidade aponta que governo paulista quitou mais de 156 mil títulos em 2021, entre precatórios e obrigações de pequeno valor, em um total de R$ 5,49 bilhões. A gestão destinou R$ 50,58 bilhões ao Ensino Público. A média anual de gasto por estudante foi de R$ 6,3 mil. Os investimentos na Saúde ficaram em R$ 21,15 bilhões, valor que equivale a 12,73% dos impostos e transferências recebidas no período. As despesas com pessoal totalizaram R$ 72,44 bilhões. Os gastos com publicidade e propaganda chegaram a R$ 322,48 milhões, quase o dobro de 2020.

O Ministério de Contas defendeu a rejeição das contas com base em seis argumentos. Entre os pontos contestados, o MP criticou as suplementações orçamentárias; a gestão da dívida ativa, considerada "ineficiente"; e a aplicação de recursos do Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb).

Assista a sessão:

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