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Sob pressão do Supremo, Telegram indica novos representantes no Brasil e se livra de suspensão

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, havia dado 24 horas para aplicativo indicar canal para receber notificações judiciais

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Atualização:
Telegram foi notificado de que poderia ser bloqueado no Brasil se não indicasse novo representante legal. Foto: Divulgação/Telegram

Horas após a ameaça de suspensão, o Telegram informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 26, o novo escritório de advocacia que vai representar o aplicativo no Brasil. A escolha foi o Leonardi Advogados, sediado em São Paulo.

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A procuração em nome dos advogados Marcel Leonardi, Simplício Maia, Guilherme Viana e Guilherme Nunes Lima foi entregue ao STF junto com o pedido para que ‘todas as publicações e intimações sejam realizadas sempre em seus nomes’.

Mais cedo, o ministro ministro Alexandre de Moraes mandou notificar o aplicativo para constituir, em 24 horas, um novo representante legal no Brasil. Ele ameaçou suspender as operações da empresa e impor multa de R$ 500 mil por dia se o prazo não fosse cumprido.

O advogado Alan Thomaz, que representava a empresa, renunciou aos processos na semana passada, depois que Moraes abriu uma investigação sobre a campanha lançada pelo aplicativo contra o PL das Fake News. Ele chegou a prestar depoimento à Polícia Federal e negou ter exercido qualquer função executiva em nome do Telegram no Brasil.

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O escritório do advogado disse que ‘não teve e não tem relação direta com o Telegram’. A banca afirmou que só prestou ‘serviços de assessoria jurídica’. “Solicitamos gentilmente que o nome dos sócios e advogados seja desvinculado ao Telegram”, diz a nota à imprensa.

O inquérito no STF vai investigar os diretores do Telegram e ‘demais responsáveis’ que tenham participado da campanha contra o projeto de lei. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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