O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, declarou 'imprestáveis' as provas obtidas a partir dos sistemas do famoso Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - a máquina de propinas da empreiteira - na ação em que o advogado Rodrigo Tacla Duran é réu na Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, 15, o ministro estendeu a Tacla Duran, apontado como operador de propinas da Odebrecht, a decisão que proibiu o uso do acordo de leniência da empreiteira nas ações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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LEIA O DESPACHO DE TOFFOLI 2A decisão é assinada uma semana antes do depoimento de Tacla Duran, marcado para a próxima segunda-feira, 19, na Comissão de Administração e Serviço Público. Desafeto do senador Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato que decretou sua prisão, o advogado foi chamado para esclarecer 'denúncias de extorsão' que alega ter sofrido no âmbito da Operação.
Toffoli expediu um salvo-conduto para que Tacla Duran compareça à audiência pública na Câmara na semana que vem. O advogado mora na Espanha e virá ao Brasil para depor.
Após anular as provas da leniência que implicam Tacla Duran, o ministro mandou oficiar o Ministério da Justiça para que sejam adotadas 'medidas cabíveis' junto ao Governo da Espanha para viabilizar a participação do advogado na audiência da Câmara.
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