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Valdemar e ex-assessores de Bolsonaro presos pela PF vão à audiência de custódia nesta sexta

Justiça ouvirá detidos pela Operação Tempus Veritatis, que investiga tentativa de golpe de Estado e mira ex-ministros, aliados políticos e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro

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Foto do author Pepita Ortega
Atualização:

A Polícia Federal marcou para a tarde desta sexta-feira, 9, as audiências de custódia de quatro presos pela Operação Tempus Veritatis na última quinta, 8. Entre os detidos a serem ouvidos estão os militares Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais do Exército, e Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além deles, a PF ouvirá o ex-assessor Filipe Martins, que teria entregue a minuta do golpe ao ex-presidente, e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, preso durante operação da PF por posse irregular de arma Foto: Alex Silva/Estadão

A primeira audiência é a de Filipe Martins, marcada para as 14h desta tarde, na Superintendência da Polícia Federal no Paraná. Marcelo Câmara falará às 14h20, no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília, Rafael Martins às 14h40, no Comando da Artilharia Divisionária da Divisão do Exército, em Formosa, Goiás. Costa Neto fecha o grupo, com audiência de custódia marcada para as 15h, na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal. Todas serão feitas por videoconferência.

O ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, foi um dos presos na quinta-feira. Investigação da PF aponta que ele foi um dos responsáveis por entregar minuta golpista ao ex-chefe do executivo Foto: NIlton Fukuda/Estadão

As audiências de custódia são parte do protocolo e não discutem o mérito que levou à detenção. Os presos serão ouvidos por um juiz, para poderem apontar possíveis ilegalidades em sua prisão.

Costa Neto foi preso por posse de arma

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Diferente dos outros presos da quinta-feira, Valdemar Costa Neto não era um dos alvos de prisão preventiva na operação desta quinta, mas foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo durante as buscas. Ele tinha, também, uma pepita de ouro que, segundo a primeira perícia da PF, tem origem em garimpo. A defesa de Costa Neto afirmou que posse da pedra não configura delito, segundo a própria jurisprudência. Além disso, em nota, também apontou que a arma é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há vários anos no apartamento dele.

As defesas de Filipe Martins e Marcelo Câmara disseram na quinta-feira que ainda não tinham acesso integral aos autos. O Estadão não localizou a defesa de Rafael Martins.

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