Inelegível pelo TSE: Bolsonaro diz que Michelle é inexperiente para a política

Desempenho da ex-primeira-dama na campanha do ano passado chamou a atenção de lideranças do PL, que enxergam nela um potencial para concorrer à Presidência em 2026

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Foto do author Levy Teles

BRASÍLIA – Após ficar inelegível por oito anos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a esposa, Michelle Bolsonaro (PL), ainda é inexperiente para a política.

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“Ela (Michelle) não tem experiência para enfrentar o dia a dia de uma política bastante violenta com um sistema bastante ativo no Brasil”, disse Bolsonaro na noite desta sexta-feira, 30, ao chegar em Brasília.

Nas eleições de 2022, Michelle agiu como cabo eleitoral do ex-presidente, especialmente em comícios evangélicos. O desempenho dela chamou a atenção de lideranças partidárias do PL, que pensam nela como uma possível candidata à Presidência em 2026.

O ex-presidente Jair Bolsonaro desembarca no Aeroporto de Brasília na noite desta sexta-feira (30)  Foto: Wilton Junior/Estadão

O ex-presidente desembarcou na capital federal, após cumprir agenda em Belo Horizonte. Em Minas Gerais, Bolsonaro disse que a decisão do TSE que o tornou inelegível por 5 votos a 2, foi uma “punhalada nas costas”.

Em Brasília, Bolsonaro fez ataques ao PT, à esquerda, defendeu o voto impresso e seguiu o mesmo roteiro de falas nos últimos dias. “Os Três Poderes tem amor pelo Lula”, afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente foi recebido por quatro apoiadores no aeroporto e fez imagens com eles. “Lá vai o imbrochável”, disse um deles, que fazia um vídeo no telefone. O carro de Bolsonaro falhou por algumas vezes na ignição antes de partir.

Agora, o ex-presidente espera “não fazer nada no final de semana”. Ele evitou especular nomes de sucessores e disse que ainda espera que “Johnny Bravo” – ele, no caso – seja candidato em 2026.

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Julgamento no TSE

O Tribunal Superior Eleitoral formou um placar de 5 votos a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas no ano passado, no período pré-eleitoral.

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