Bolsonaro afirma que seu preferido para sucedê-lo é o ‘Messias’ e nega qualquer relação com Marçal

Ex-presidente afirmou que a direita tem “um montão” de substitutos para ele, ao contrário da esquerda, que não teria construído opções a Lula

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Foto do author Bianca Gomes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não ter qualquer relação com Pablo Marçal (PRTB), ex-coach que disputou a Prefeitura de São Paulo, e riu ao ser questionado sobre a possibilidade de atender ao pedido do influenciador para fazer uma retratação pública. Quando perguntado sobre seu preferido para sucedê-lo em 2026, caso sua inelegibilidade se mantenha, Bolsonaro respondeu: “É o Messias”, referindo-se a si mesmo.

Em entrevista coletiva após participar de um evento de campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na capital, Bolsonaro não quis comentar o papel que enxerga para Pablo Marçal em 2026 e afirmou não ter qualquer relação com o ex-coach. “Não tenho relação nenhuma com ele. Não estou contra, nem a favor, muito pelo contrário”, disse o ex-presidente, rindo ao ser questionado se atenderia ao pedido de retratação feito pelo influenciador após o resultado do primeiro turno.

Jair Bolsonaro conversa com Tarcísio de Freitas em evento de campanha de Ricardo Nunes em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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Sobre a doação que Marçal fez à sua campanha presidencial em 2022, o ex-presidente respondeu que doação é “do coração”. “Se fez pensando em algo lá na frente, fez errado.” Bolsonaro também negou que tenha sinalizado apoio a Marçal em uma reunião que teve com o influenciador há cerca de três meses.

“O pessoal da direita achou que eu estava com ele e não estava, não era verdade. Lamentavelmente isso aconteceu, depois foi uma dor de cabeça enorme para a gente mostrar que o nosso candidato era quem já vinha dando certo, quem tinha tudo para continuar um bom trabalho aqui em São Paulo e aconteceu”, disse Bolsonaro, afirmando que jogou “no meio de campo” na campanha de Nunes.

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O ex-presidente, que reiterou ser alvo de perseguição, afirmou que não há substituto para Lula na política, mas que, para ele, existem “um montão por aí”, destacando que ajudou a formar novas lideranças nos últimos anos e que está muito feliz com isso.

Ao ser perguntado se buscaria o apoio do MDB, partido de Ricardo Nunes, em uma eventual candidatura em 2026, Bolsonaro respondeu: “É lógico”. E acrescentou: “Se porventura eu for candidato, nós vamos conversar com esses partidos aí.” O MDB atualmente comanda três ministérios no governo Lula.

Bolsonaro afirmou que poderá dar sugestões de nomes para o secretariado de Nunes. “Sugestão a gente dá. Se ele pedir para mim, eu dou, se eu tiver uma ideia, eu passo para ele, tenho liberdade de ligar para ele.”

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