O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficará hospedado no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para se preparar para o ato do próximo domingo, 25, na Avenida Paulista. A ideia de realização do evento surgiu após o ex-presidente se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal sobre o planejamento de um golpe de Estado em 2022.
Além de hospedar Bolsonaro na sede do governo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos) estará na manifestação e deve, inclusive, discursar ao lado do ex-presidente. Também deverão estar presentes o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
A chegada de Bolsonaro ao Palácio do Bandeirantes está prevista para o sábado, 24. Ele vai dormir no local e fazer reuniões preparatórias com aliados para o ato na Paulista.
Não será a primeira vez que o ex-presidente passará a noite na sede do governo estadual a convite de Tarcísio. No ano passado, por exemplo, ele dormiu no Palácio dos Bandeirantes em junho e em setembro.
No vídeo de convocação ao evento na Avenida Paulista publicado nas redes sociais, Bolsonaro pediu para que seus apoiadores evitem levar faixas com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e “contra quem quer que seja”.
Alvo da operação Tempus Veritatis, o ex-presidente precisou entregar seu passaporte às autoridades. A Polícia Federal apura o possível planejamento de um golpe de Estado por Bolsonaro e seus aliados. A suposta organização foi descoberta por mensagens trocadas entre seus assessores e na gravação de uma reunião ministerial em julho de 2022.
O ex-presidente esteve na Polícia Federal, em Brasília, nesta quinta-feira, 22, mas ficou em silêncio sobre a suposta participação na tentativa de golpe de Estado. Ele permaneceu na PF por cerca de 30 minutos e não prestou depoimento.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.