O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) minimizou nesta quarta-feira, 25, a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em eventos de sua campanha programados para o sábado, 28.
Inicialmente, Lula participaria de duas caminhadas ao lado do deputado federal na capital paulista, mas cancelou as agendas devido a uma viagem ao México para prestigiar a posse de Claudia Sheinbaum, primeira mulher eleita presidente do país latino-americano.
Na segunda-feira, 23, o próprio Boulos havia confirmado a participação de Lula em uma caminhada na zona sul. Porém, no dia seguinte, a campanha do PSOL foi informada de que o presidente não poderia comparecer aos eventos programados para o sábado na capital. A justificativa oficial é que Lula viajará para o México no domingo, 29. O presidente ficará no país até a terça-feira, 1º, quando ocorre a cerimônia de posse de Sheinbaum.
“O presidente Lula está conosco na campanha”, disse Boulos nesta quarta, após evento voltado para a população com mais de 60 anos. Ele afirmou que tem o apoio integral do mandatário. “Ele está no nosso programa de TV, fui a Brasília fazer gravações com ele. Somos a única campanha do Brasil na qual ele veio participar de eventos, fez dois comícios e fará novos antes do primeiro turno”, completou o psolista. Interlocutores do deputado federal afirmam que há um evento previsto com Lula para o dia 5 de outubro.
Membros do PT também procuraram minimizar a ausência de Lula na capital, argumentando que a presença do petista será realmente indispensável no segundo turno. Desde o período da pré-campanha, Boulos tenta colar a sua imagem à do presidente em busca do eleitorado que votou em Lula na última eleição. Tanto o presidente como o então candidato ao governo do Estado pelo PT em 2022, Fernando Haddad, venceram o bolsonarismo na capital paulista.
Mesmo sem a presença do presidente, a campanha de Boulos afirmou ao Estadão que manterá os compromissos programados, com carreatas nos bairros do Grajaú e de São Mateus no fim de semana. A estratégia na reta final também deve permanecer a mesma, “com foco nas periferias e algumas agendas no centro”.
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