A pré-campanha do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) programou reuniões pós-carnaval com partidos aliados para desenvolver o programa de governo para a Prefeitura de São Paulo. No total, serão realizadas 18 reuniões temáticas, entre 15 e 22 de fevereiro, que abordarão áreas como saúde, educação, meio ambiente e segurança urbana. Até o momento, o líder sem-teto tem o apoio de cinco partidos na disputa pelo Edifício Matarazzo, sede da administrarão paulistana.
O PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oficializou o apoio a Boulos em agosto passado, ficando sem candidato próprio à Prefeitura pela primeira vez desde a redemocratização. O partido de Lula, em contrapartida, indicou a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) para a vice na chapa encabeçada pelo psolista. Para isso, Marta precisou voltar ao PT após nove anos afastada da sigla. Os outros partidos que formam a aliança são: PDT, Rede, PV e PCdoB.
Com o objetivo de favorecer a participação dos aliados, os encontros para a elaboração do programa de governo vão ocorrer de forma alternada nas sedes dos partidos que compõem a futura coligação política. O diretório do PSOL, por exemplo, vai sediar quatro reuniões, enquanto o diretório do PDT, duas. Além disso, é esperado a participação de vereadores, deputados estaduais e especialistas em políticas públicas.
Após as reuniões, Boulos e Marta planejam o primeiro evento juntos da pré-campanha em Parelheiros, reduto eleitoral da ex-prefeita, conhecido como Martalândia. O evento vai contar com a participação da população. A data ainda não foi definida, mas há a previsão de ocorrer no dia 22. Também é esperada a realização de uma plenária com movimentos sociais após o carnaval.
A ex-prefeita e o psolista se encontraram pela primeira vez em janeiro, em um almoço no apartamento de Marta, no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste da capital. Nesse encontro, selaram uma aliança para formar uma chapa na eleições municipal deste ano. Na época, Boulos classificou o encontro como “excelente” e disse que o principal desafio de ambos é reeditar uma frente democrática para derrotar o bolsonarismo em São Paulo.
