Boulos pede investigação contra candidato que assoprou farinha em seu rosto em alusão a cocaína

Candidato a vereador, Adam Maamari Moreira (PL) jogou produto em deputado federal durante caminhada partidária na região da Avenida Paulista, no último domingo, 22; Estadão tenta contato com candidato

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Foto do author Heitor Mazzoco

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, acionou a Justiça Eleitoral para pedir abertura de investigação contra o candidato a vereador Adam Maamari Moreira (PL), que assoprou farinha no rosto do psolista durante uma caminhada partidária na Praça Oswaldo Cruz, na região da Avenida Paulista.

Os advogados de Boulos citam que a conduta do candidato a uma vaga na Câmara de São Paulo não foi ato um isolado, porque “os candidatos à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal e Ricardo Nunes, em estratégia odiosa, passaram a associar inveridicamente Boulos à figura de usuário de cocaína, fato que já foi objeto de inúmeras representações perante à Justiça Eleitoral”. A intenção do candidato ao assoprar farinha no rosto de Boulos foi, segundo os defensores, para prejudicar a imagem do candidato do PSOL. O Estadão enviou mensagem a Moreira por meio de suas redes sociais e aguarda retorno.

Momento em que candidato a vereador assopra farinha no rosto de Boulos Foto: Reprodução via Instagram

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Desde o debate da TV Band, no dia 6 de agosto, Marçal afirmou sem provas que Boulos é usuário de cocaína. Já no debate da TV Gazeta, Nunes questionou se Boulos havia cheirado ao não gostar de afirmações feitas pelo adversário.

A defesa de Boulos diz ainda que o ato de assoprar farinha no rosto do candidato a prefeito teve intenção “de humilhar publicamente” o deputado federal. “Além de armar a ação, disfarçando-se de apoiador, programou um drone para capturar as imagens e, logo em seguida, publicou o ‘corte’ editado nas plataformas digitais”.

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Moreira afirmou no vídeo ter jogado a “farinha com amor”, em uma alusão ao lema de campanha de Boulos “amor por São Paulo”. O vídeo do candidato a vereador na capital paulista tem mais de 250 mil visualizações e quase quatro mil comentários. Os advogados de Boulos citam possíveis crimes eleitorais diante do ato de Moreira, como difamação, calúnia e injúria.

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