Carla Zambelli diz que foi proibida de assinar impeachment contra Moraes; veja motivo

Deputados colhem assinaturas para novo pedido de impeachment contra o ministro do STF, por uso do TSE para embasar investigações contra bolsonaristas

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Por Guilherme Naldis
Atualização:

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 19, que não assinou o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar afirmou que foi impedida pelo advogado dela de subscrever o requerimento diante dos oito processos a que responde na Corte.

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Zambelli disse ainda que sua assinatura seria simbólica, visto que um pedido de impeachment oficial contra um ministro do Supremo deve ser protocolado no Senado. No momento, segundo a deputado, sua prioridade é a deposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Agora é momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira desta batalha, pois estou nesta pauta desde 2015 e preciso dar dois passos atrás”, publicou Zambelli no X (antigo Twitter).

O documento que circula no Congresso já tem mais de 115 assinaturas e se baseia na acusação de que Moraes usou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maneira informal para “perseguir” bolsonaristas nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Moraes utilizou estrutura da Corte Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes, por sua vez, diz que TSE tem “poder de polícia” e que relatórios solicitados foram “oficiais e regulares”.

Carla Zambelli, deputada federal Foto: Wilton Junior/Estadão

Entre as investigações na Suprema Corte contra Zambelli, estão o suposto envolvimento da parlamentar na tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022 e por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao lado do hacker Walter Delgatti Neto.