Com três meses de atraso, o Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira, 20, o Orçamento de 2025. Colunista do Estadão, Carlos Andreazza considera que a votação ocorreu “às pressas” e congressistas o aprovaram “sem a menor ideia do que votavam”, comprovando, segundo ele, o caráter “ficcional” do texto, que ignorou o aumento de despesas e a projeção menor de arrecadação feita por especialistas e por técnicos do próprio Legislativo.
“Quiseram deixar a faca no pescoço do governo e do Supremo. Um elemento de pressão para o governo não se acomodar.” Como vem criticando em outros episódios do Estadão Analisa, Andreazza correlaciona o atraso na votação a negociações pelo comando das comissões temáticas das Casas, onde se concentram boa parte das emendas parlamentares.
O que você precisa saber para acompanhar o papo:
Andreazza ainda citou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que tomou a frente de ações sobre o controle e fiscalização das emendas parlamentares, dizendo que ele se comporta como uma espécie de “gestor político do Congresso”. “Ele subordina o controle de constitucionalidade e, esse aperta e solta, coincide muitas vezes com agendas do governo Lula.”
O colunista compara a dinâmica com a aprovação do Orçamento, que para finalmente ser colocado em votação já ao final do terceiro mês do ano, precisou de um “grande acordo de liberação de bilhões em emendas parlamentares”, diz.
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