Pablo Marçal chama Carlos Bolsonaro de ‘retardado’, e vereador diz que vai acionar a Justiça

Troca de farpas entre vereador do Rio de Janeiro e o candidato do PRTB em São Paulo começou após filho do ex-presidente declarar apoio a Marina Helena e dizer que Marçal não representa a direita

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Foto do author Rayanderson Guerra
Atualização:

RIO – O vereador Carlos Bolsonaro (PL), candidato ao sétimo mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, afirmou nas redes sociais nesta quinta-feira, 22, que “consideraria Marina Helena (Novo) como uma possibilidade de voto” na disputa pela Prefeitura de São Paulo. A declaração de apoio do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) provocou uma reação do candidato do PRTB, Pablo Marçal. O ex-coach chamou o vereador do Rio de “retardado mental” e “imbecil” em um vídeo publicado no Instagram nesta sexta, 23.

Após a declaração de apoio de Carlos à candidata do Novo, Marçal subiu o tom contra o vereador do Rio em uma entrevista coletiva durante a entrega do Prêmio Legado Visionário também na noite de quinta.

“O Carlos que tem problema comigo. Eu tento preservar o Carlos, mas ele é um retardado mental, um cara que não tem um escrúpulo, mas pelo presidente eu vou relevar”, disse.

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Marçal atribuiu a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022 à ingerência de Carlos na campanha do pai: “O Carlos, de forma imbecil, foi quem atrapalhou. Eu sempre poupei ele pelo capitão, mas agora, como ele está se acumunando com vários canalhas para me atacar... é eleição que nem diz respeito a eles”.

Após os ataques, Carlos afirmou pelo X, que pretende acionar a Justiça contra Marçal por crimes contra honra, difamação e injúria.

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O “02” de Bolsonaro engrossa o coro de críticas do clã da zona oeste do Rio ao candidato do PRTB em São Paulo. O ex-presidente lançou uma ofensiva contra o ex-coach nesta quinta-feira, 22. Bolsonaro compartilhou em seu canal oficial no WhatsApp, que conta com 1,2 milhão de seguidores, um vídeo reunindo diversos momentos em que Marçal o critica. Na visão de aliados, a postura do ex-presidente pode indicar um maior envolvimento na campanha eleitoral da capital paulista, onde ele apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O compilado de vídeos traz Marçal chamando Lula e Bolsonaro de “farinha do mesmo saco”, “populistas” e apoiadores de ditadores. O ex-coach chega a dizer que Lula e Bolsonaro “significam a mesma pessoa” e que a diferença é que falta um dedo em um deles. Em outros momentos do vídeo, Marçal aparece dizendo que há um “messias que quer ser responsável pela nação inteira e não cuida de nada” e que dois candidatos, se referindo a Lula e Bolsonaro, vão colocar uma quadrilha no Planalto.

Não é a primeira vez que Carlos se posiciona contra Marçal. No dia 14 de agosto, o vereador do Rio criticou o ex-coach por “passar pano” para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Marçal criticou a repercussão de conversas entre um juiz auxiliar de Moraes e um funcionário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que evidenciou o uso da Corte Eleitoral, fora do rito, para embasar investigações contra aliados do ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, o desempenho de Marçal nas pesquisas e nas redes sociais provocou um temor entre bolsonaristas de que ele pode atrapalhar os planos do grupo para a eleição ao Senado. A avaliação é que o ex-coach busca utilizar o pleito municipal para se cacifar como postulante a uma das duas vagas que estarão em disputa em 2026. A aliados, Marçal tem dito que seu foco é o Executivo e que não deseja ser senador.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também atacou Marçal nesta semana depois que ele desmarcou uma entrevista com o comunicador Paulo Figueiredo, chamando-o de “arregão”. O filho do ex-presidente também gravou uma série de vídeos ao lado de Nunes, com o objetivo de reforçar que o emedebista é o candidato da família Bolsonaro e compartilha os valores do bolsonarismo.

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