BRASÍLIA – A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que a Justiça Eleitoral dará resposta rápida à ação judicial proposta neste domingo, 27, pela equipe do deputado Guilherme Boulos (PSOL). Derrotado na disputa pela prefeitura de São Paulo, Boulos reclamou do fato de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmar, durante a votação, que um relatório da inteligência do governo havia interceptado mensagens do Primeiro Comando da Capital (PCC) orientando voto no deputado.
Ao falar no TSE, no final da votação neste domingo, Cármen Lúcia foi questionada se a Justiça Eleitoral não demorou a reagir diante da ação de Boulos. “Quem pratica qualquer ilícito no dia da eleição, antes ou depois da eleição, responde juridicamente, terá dada resposta juridicamente”, afirmou a presidente do TSE.
Diante da cobrança, Cármen Lúcia destacou a rapidez da Justiça Eleitoral na apuração dos votos no segundo turno em todo o País. “Nós estamos dando o resultado de uma eleição de 33 milhões de eleitores nas urnas, 2 horas e 15 minutos depois do início do fechamento das urnas. Acho que realmente um caso significa apenas um atestado do êxito da justiça eleitoral. Um caso de 51 municípios com mais de 30 milhões de eleitores, convenhamos que é uma justiça que funciona muito bem”, afirmou.
Após a declaração de Tarcísio, sem provas, indicando o apoio do crime organizado a Boulos, a campanha do pessolista ajuizou uma ação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para pedir a inelegibilidade do governador e do prefeito reeleito. Também protocolou uma notícia-crime no TSE por “divulgação de fatos falsos durante campanha eleitoral”.
Cármen Lúcia reiterou que os próprios jornalistas presentes na coletiva informaram que a questão já havia sido judicializada e que, por isso, não comentaria o caso. “A justiça eleitoral tem prazos curtíssimos e será dada a resposta. Fosse um País onde ficam meses ou semanas para dar a notícia, eu acho que até seria razoável essa ilação de que fica a impressão (de que a justiça eleitoral não agiu). Essa é a impressão, realmente, que eu acho que não tem nenhum embasamento”, disse.
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