Caso Juscelino Filho: Haddad recomenda ‘muito critério’ para usar voos da FAB e seguir regras éticas

Questionado a respeito das revelações do ‘Estadão’ sobre ministro das Comunicações, titular da Fazenda afirmou desconhecer o caso concreto, mas defendeu que integrantes do governo respeitem todas as normas legais e éticas da administração pública; ‘É natural que a imprensa cobre’, disse

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Atualização:

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou na manhã desta quarta-feira entrar em polêmicas sobre as acusações contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), mas defendeu que os integrantes do governo respeitem todas as regras da administração pública.

Como mostrou o Estadão, Juscelino está envolvido em uma série de acusações sobre uso indevido de verbas públicas. O ministro das Comunicações já mandou emendas para asfaltar uma estrada que corta a própria fazenda em Vitorino Freire (MA) e enviou informações falsas à Justiça Eleitoral para comprovar voos não realizados durante a campanha, entre outras suspeitas.

Pairam diversas acusações de uso indevido de verbas públicas pelo Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), sobre as quais Haddad preferiu não se manifestar (Foto: Cléverson Oliveira/Mcom) 

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“Não conheço o caso concreto. Mas acho natural que a imprensa cobre de nós atitudes simbólicas que sinalizem para a população comportamentos que sejam protocolares e coerentes com o cargo que se ocupa. Posso errar, mas procuro prestar atenção em como minhas atitudes serão lidas. Não estou falando do prejuízo econômico, mas da questão simbólica de passar uma imagem correta”, afirmou Haddad, em entrevista ao UOL.

O Estadão revelou ainda que Juscelino usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias para participar de leilões de cavalos de raça em São Paulo. “Recomendo a quem me pergunta que seja muito criterioso com esse tipo de coisa. Tem decreto regulamentando o uso de voo da FAB, que se cumpra o decreto. Não sei se (Juscelino) cumpriu ou não. O papel da imprensa é cobrar a observância das regras éticas e legais”, completou Haddad.

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Questionado sobre a indicação de Juscelino ao ministério para acomodar o União Brasil no governo, Haddad avaliou que esse tipo de “constrangimento” é natural da democracia. “Você às vezes é obrigado a nomear pessoas que são indicadas, com as quais você tem menos familiaridade. Ao longo do governo você vai ajeitando isso”, concluiu.

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