CGU demite Abraham Weintraub da Unifesp por faltas injustificadas

Ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro era investigado por faltas injustificadas e já estava com vencimentos suspensos desde abril de 2023; procurado, ele ainda não se manifestou

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi demitido da função de professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por faltas injustificadas. A determinação é da Controladoria Geral da União (CGU) e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 7. Com a decisão, o ex-ministro fica impedido de exercer funções de confiança no Executivo federal por 8 anos.

CGU ordena a demissão de Abraham Weintraub da função de professor da Unifesp Foto:

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Weintraub era professor de ciências contábeis desde 2014, mas já estava com os vencimentos suspensos desde abril de 2023, quando foi iniciado o processo administrativo para apurar faltas injustificadas dele e de Daniela Weintraub, sua esposa e também professora da universidade.

Não foi o primeiro processo administrativo aberto na Unifesp contra Weintraub. O ex-ministro já foi investigado pela universidade por utilizar, sem autorização, o logotipo da instituição em consultorias particulares. Essa sindicância foi arquivada por falta de provas em 2022.

O Estadão contatou o ex-ministro para comentar a decisão da CGU, mas não obteve retorno até o fechamento do texto. O espaço segue à disposição.

Quem é Abraham Weintraub?

Abraham Weintraub foi o segundo ministro da Educação da gestão de Jair Bolsonaro. Deixou a pasta após 14 meses no cargo, após a divulgação de um vídeo em que chamava magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” durante uma reunião ministerial.

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Está rompido com Bolsonaro desde 2022, quando quis se candidatar ao governo de São Paulo mas foi preterido pelo ex-presidente, que preferiu apoiar a candidatura de outro ministro da gestão, Tarcísio de Freitas. Weintraub concorreu, então, ao cargo de deputado federal. Teve 4.057 votos e não conseguiu se eleger.

Para 2024, o ex-ministro ensaia uma “pré-candidatura” à Prefeitura de São Paulo. No entanto, pretende judicializar um pedido de candidatura avulsa, ou seja, concorrer ao cargo sem estar filiado a uma legenda. A norma não tem precedentes nas eleições brasileiras.

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