Clima da eleição deve ficar mais hostil devido à ‘polarização odiosa’, diz Simone Tebet

Em evento em São Paulo, a candidata respondeu também questionamento de Carlos Bolsonaro

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A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, afirmou neste sábado, 3, que o clima entre as campanhas ficará ainda mais hostil nas próximas semanas. “Não tenho dúvida, isso é reflexo dessa polarização odiosa, é isso que o Brasil virou. Só nós temos condições de voltar a unir o Brasil e as famílias para que o País volte a olhar para os seus reais problemas”, afirmou a candidata na Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade Reatech Brasil, em São Paulo, acompanhada da vice de sua chapa, Mara Gabrilli (PSDB).

Para Simone Tebet, hostilidade na campanha é resultado de 'polarização odiosa'. Foto: André Penner/AP

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Na quinta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) com apenas mensagem da primeira-dama Michelle Bolsonaro no rádio e na TV. O pedido ao TSE partiu de Simone Tebet. O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, ao saber do pedido de Tebet ao TSE, escreveu em rede social: “Ué, trabalhando contra as mulheres?”.

Neste sábado, ela respondeu ao vereador. “Lugar de Presidência é lugar de coisa séria e de exemplo. A lei é muito clara, apoiador só pode constar na propaganda em 25%. Passou disso, é ilegal. Respeito a primeira-dama, é louvável que ela esteja ao lado do presidente fazendo campanha, mas é contra a lei, seja homem ou seja mulher, a lei vale para todos”, disse.

Na última rodada da pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue na liderança, mas foi de 47% para 45% das intenções de voto. Candidato à reeleição, Bolsonaro repetiu o desempenho do levantamento anterior, com 32%. Ciro Gomes (PDT) oscilou positivamente de 7% para 9%. A senadora Simone Tebet foi de 2% para 5% - acima da margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Teto de gastos

Tebet afirmou também que os investimentos em ciência e tecnologia ficarão fora do teto de gastos em seu eventual governo, assim como a Educação. “[O Ministério de] Ciência, Tecnologia e Inovação não vai ter corte em hipótese alguma, todo o dinheiro colocado no Orçamento vai ser executado e nós vamos tirar do teto. O teto de gastos permanece, mas Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação ficam fora”, afirmou.

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“Tem que trocar presidente da República porque todo ano ele corta, praticamente zera o Orçamento da Ciência e Tecnologia”, disse Tebet, para quem “ciência, tecnologia e inovação nunca foram levados a sério no Brasil”.

Ela defendeu que a tecnologia disponível às pessoas com deficiência chegue a todos no País. “Há dois Brasis, o Brasil da pessoa com deficiência que é rica e tem condições de comprar e o da pessoa com deficiência que depende do SUS. A tecnologia está ali pronta para ela, mas lamentavelmente o governo não faz o dever de casa e não coloca o dinheiro dos impostos à disposição, principalmente na área da saúde”, afirmou.

A candidata do MDB disse que vai fazer “o maior programa de inclusão da história” para pessoas com deficiência, a cargo de Mara Gabrilli. O programa trata de educação, qualificação ao trabalho, acessibilidade (com transferência de recursos da União a municípios) e reabilitação. “São 45 milhões de brasileiros, é um estado de São Paulo e, infelizmente, 90% vivem em situação de pobreza – isso a gente tem que mudar”, disse Gabrilli.

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