Coligação de Lula pede prisão de diretor da PRF; Gleisi orienta ação contra agentes em blitze

Pedido tem como foco agentes que não estejam cumprindo a determinação do TSE de não realizar operações no dia das eleições

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

A coligação Brasil da Esperança, que representa o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu à Justiça a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e de superintendentes regionais que não estejam cumprindo a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu operações de blitze neste dia de eleições.

No Twitter, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, orientou a parlamentares da coligação que deem voz de prisão a agentes que descumpram a ordem judicial. “Peço aos parlamentares da nossa coligação que se dirijam aos locais das operações em seus estados e deem ordem de prisão aos policiais,inclusive PMs como no RJ”, publicou a dirigente.

Embora o TSE tenha vetado operações da PRF neste domingo para garantir o fluxo de eleitores, blitze são registradas especialmente no Nordeste, onde o Lula mostra força eleitoral. A coligação de Lula acionou o tribunal contra as operações e o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, determinou o fim imediato das atividades.

Sindicato da PRF se pronuncia

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A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), sindicato nacional da categoria, decidiu se manifestar sobre as denúncias de operações que dificultam a locomoção de eleitores neste dia de eleição e contrariam determinação do TSE.

Em nota, obtida antecipadamente pelo Broadcast Político, a entidade diz acompanhar “atentamente” os desdobramentos do episódio que seriam “ordem direta do Departamento” e reafirma a necessidade de cumprimento da legalidade por parte da cada agente. “Ordem judicial não se discute, se cumpre”, diz a FenaPRF.

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A nota reafirma o compromisso da entidade com o Estado democrático de direito e não faz qualquer menção ao diretor-geral, que chegou há pouco ao TSE para prestar esclarecimentos ao presidente da Corte, Alexandre de Moraes.

Entenda o caso

No sábado, 29, Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público, sob pena de crime, no dia do segundo turno das eleições. No entanto, há denúncias de que o órgão federal estaria concentrando operações no Nordeste e retendo veículos com a finalidade de atrasar os eleitores.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE Foto: Nelson Jr./STF

Neste domingo, o presidente do TSE determinou, por volta de 12h, que o diretor da PRF explique as razões de operações que vêm sendo denunciadas por eleitores nas redes sociais. Em uma ação impetrada no sábado no tribunal eleitoral, o PT afirmou que a Polícia Federal estaria planejando uma operação contra o partido.

No despacho, Moraes citou uma publicação que acusa a PRF de fazer uma blitz em Cuité (PB) que estaria impedindo os eleitores de votar. Em outro vídeo, o prefeito da cidade, Charles Camarense, disse ter recebido vários relatos de operações similares no Nordeste. Segundo ele, os atos parecem “orquestrados”.

Veja a nota da FenaPRF na íntegra

“A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) está acompanhando atentamente os desdobramentos das denúncias de que PRFs estariam, por ordem direta do Departamento, atuando em operações que afetam transporte de eleitores neste domingo (30).

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A Federação defende o estrito cumprimento de dever legal por parte de cada PRF e reafirma que ordem judicial não se discute, se cumpre!

A FenaPRF reafirma seu compromisso com a democracia e com o Estado Democrático de Direito.”

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