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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Advogado detido por ameaçar explodir prédio da Polícia Federal atuou no STJ e no CNJ

Fabrizio Ferreira disse que detonaria sede da PF e da PM no DF no sábado; polícia relata sinais de surto de advogado e investiga o caso

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Foto do author Eduardo Barretto
Atualização:

O advogado Fabrizio Ferreira, alvo da Polícia Militar do Distrito Federal neste sábado, 28, por ameaçar explodir prédios da corporação e da Polícia Federal (PF), atuou em processos recentemente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Procurada, a defesa de Ferreira não foi localizada.

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Na manhã do sábado, 28, Ferreira foi de carro até o Quartel do Comando Geral da PM, falou para os guardas que tinha explosivos e detonaria o local e a superintendência da PF em Brasília. Em seguida, fugiu.

O advogado foi detido pouco depois no centro da capital federal, em uma operação da PM com o Esquadrão Antibombas. Segundo os policiais, Ferreira aparentava estar em um surto psicótico. O caso continua sob investigação.

Sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Foto: Gustavo Lima/STJ

Com cadastro ativo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fabrizio Ferreira está inscrito em ao menos dois processos no STJ e no CNJ. No STJ, o cliente de Ferreira teve uma decisão desfavorável no último dia 17. O presidente do tribunal, ministro Herman Benjamin, negou um recurso da Martins & Andrade Negócios Imobiliários.

O caso começou em 2022 na Justiça do DF. A Martins & Andrade, representada por Fabrizio Ferreira, processou a KM Tech Soluções por supostamente não ter honrado um contrato de R$ 100 mil de venda de notebooks. As máquinas seriam destinadas ao governo de Goiás.

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No CNJ, em abril deste ano, Fabrizio Ferreira advogou para um homem que apresentou uma reclamação disciplinar contra uma juíza de Santa Catarina. Segundo a ação, a magistrada ordenou a uma servidora que atrasasse o cumprimento de uma decisão judicial. O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, rejeitou o pedido, afirmando que as acusações não foram comprovadas. A decisão foi assinada em maio deste ano.

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