O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, tem investido nas agendas políticas em São Paulo e recebido uma série de prefeitos paulistas no gabinete. É comum o vice-presidente marcar agendas em solo paulista às sextas-feiras, e emendar o final de semana em casa. A dedicação aos compromissos no reduto eleitoral levou a “intriga palaciana” a abrir a bolsa de apostas para saber se o ex-governador poderia, no fundo, nutrir o desejo de voltar a ocupar o Palácio dos Bandeirantes.
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Se essa for de fato a sua vontade, Alckmin, conhecido pela discrição e estilo cauteloso, nunca falou a respeito com ninguém. Ao menos até agora. E quem convive de perto garante: ele só será candidato a governador em 2026 se for em composição com o PT, antigo adversário que agora é aliado. Não haverá rompimentos.
No PT, ter Alckmin como candidato a governador não é uma ideia mal recebida: “transferir” o vice-presidente para São Paulo, se assim ele quiser, abriria espaço para novas composições na chapa presidencial de 2026, que pode ter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente ou não. Se Lula não quiser disputar a reeleição, o favorito para a sucessão é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Alckmin governou São Paulo por quatro vezes e é considerado muito forte no Estado. Ainda assim, nas últimas eleições não conseguiu emplacar seus candidatos a governador, Haddad (PT), e a senador, Márcio França (PSB). O PSD chegou a convidá-lo para ser candidato ao governo estadual, mas Alckmin preferiu trocar o PSDB pelo PSB e ser o candidato a vice, estratégia que mostrou-se vitoriosa no plano nacional.
A hipótese aventada de ter Alckmin como candidato em São Paulo, porém, esbarra nos outros nomes cotados para a disputa pelo governo: Haddad, se Lula for candidato à reeleição; o ex-governador Márcio França (PSB), hoje ministro de Portos e Aeroportos; e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que concorreu ao cargo em 2014 e foi derrotado pelo próprio Alckmin.
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Apesar das especulações sobre o futuro de Alckmin, que retomou o fôlego político na chapa de Lula após amargar em quarto lugar nas eleições de 2018, a tendência, hoje, é que ele e o petista repitam a dobradinha daqui a três anos, com o presidente buscando um quarto mandato.
O ex-governador paulista até é citado por alguns como um possível sucessor de Lula, seja em 2026 (hipótese remota) ou em 2030. Mas o nome de Lula para herdar seu espólio político, hoje, ainda é Haddad, nome que ganhou mais força após cair nas graças do mercado financeiro e aprovar a reforma tributária na Câmara.