O presidente em exercício Geraldo Alckmin enviou nesta sexta-feira uma mensagem ao Senado Federal que permite à prefeitura de Maceió tomar um empréstimo de US$ 40 milhões junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O financiamento será direcionada à resposta da capital alagoana ao risco de desastre ambiental.
Maceió decretou estado de emergência após tremores de terra que levaram à iminência de colapso de uma mina da Braskem. Pesquisadores alertam há anos sobre os riscos da extração de sal-gema na região, que já provocou o afundamento de bairros inteiros. Entenda mais sobre o que acontece em Maceió nesta reportagem.
Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem oficial a Dubai (Emirados Árabes Unidos), para participar da Conferência do Clima (COP 28), coube a Alckmin enviar a mensagem ao Senado. O texto oferece as garantias da União à operação de crédito externo a ser contratada por Maceió.
Alckmin entregou os documentos ao presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL). O alagoano está no comando do Congresso porque o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o primeiro vice-presidente, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), também estão na COP.
Após o encontro com o presidente em exercício no Palácio do Planalto, Rodrigo Cunha viajou para Maceió para trabalhar junto aos enviados do governo federal ao local, os ministros Renan Filho (Transportes) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social). Renan Filho é ex-governador de Alagoas e filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), colega de Cunha.
“Levei ao presidente Geraldo Alckmin informações atualizadas sobre o afundamento da mina 18, que está deixando toda a população de Maceió assustada”, declarou o senador Rodrigo Cunha. “Temos uma das maiores catástrofes da América Latina e do mundo. Essas minas correm grande risco de entrar em colapso. O Brasil não vai fechar os olhos, jamais, para a explorações minerais de maneira indiscriminada”, acrescentou.
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