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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Alcolumbre e governo Lula negociam cargo na Petrobras para embaixador

Raimundo Carreiro quer voltar ao Brasil; tratativas vêm no momento em que PT quer aumentar presença em estatais e postos econômicos

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) negocia junto ao governo Lula um espaço na Petrobras para o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro. O ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) chegou ao país europeu por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas quer retornar ao Brasil.

O embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, ex-ministro do TCU, que pode ganhar cargo na Petrobras. Foto: Dida Sampaio|Estadão

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As tratativas acontecem no momento em que o PT quer mudanças na Petrobras para ocupar as diretorias com gente mais próxima à sigla, como informou a Coluna. Além disso, a estatal vive em clima de cotoveladas, com o presidente Jean Paul Prates mal avaliado por Lula e às turras com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Raimundo Carreiro sinalizou a interlocutores, como o próprio Alcolumbre, que se sente prestigiado ao representar o País em Portugal. Ainda assim, deseja voltar ao Brasil para ficar mais próximo da família. Procurado, o senador não quis se manifestar.

O senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado.  Foto: Dida Sampaio/Estadão

Alcolumbre é considerado um quadro poderoso do Congresso Nacional e mantém boa interlocução com Lula. Uma das principais lideranças do União Brasil, foi ele quem indicou o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes; bancou no cargo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após revelações de mau uso do dinheiro público reveladas pelo Estadão; e também negociou a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino no Ministério do Turismo.

O embaixador do Brasil em Portugal foi enviado ao país em uma articulação que envolveu sua aposentadoria antecipada do TCU, abrindo espaço para o então senador e hoje ministro da Corte Antônio Anastasia, aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Assumiu a cadeira no Senado por Minas Gerais Alexandre Silveira, que disputou a reeleição no ano passado em aliança com Lula, mas saiu derrotado. Hoje, Silveira é ministro de Minas e Energia.

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