Causou surpresa a escolha de Weverton Rocha (PDT-MA) para relator da sabatina da indicação de Flavio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF). O pedetista rompeu com Dino na eleição de 2022, quando concorreu ao governo do Maranhão apoiado pelo bolsonarismo. Na época, o atual ministro da Justiça apoiou Carlos Brandão (PSB), o atual governador, que já tinha sido seu vice quando o socialista governou o Estado por duas vezes.
Além de romper publicamente com Flávio Dino na ocasião, Weverton fez campanha abertamente para o concorrente do pessebista ao Senado, Roberto Rocha (PTB), e criticou muito aquele que, hoje, será alvo do relatório na principal comissão do Senado. A Coluna já entrou em contato com o senador e com a assessoria de Flávio Dino para saber como classificam a atual relação política entre eles e aguarda retorno.
Interlocutores de Dino dizem que a relação do ex-governador do Maranhão com o senador é marcada por idas e vindas. “Já foram muito próximos, muito distantes. Hoje a relação é cordial”, diz um aliado. Outros fazem a leitura politica de que Weverton traiu Dino, mas depois se arrependeu. O senador ainda não se manifestou.
Nota do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre
Recebi a mensagem ( N°88/2023) encaminhada pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Senado Federal com a indicação do senhor Flávio Dino para exercer o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber.
Informo que a sabatina do indicado ao STF será no dia 13 de dezembro, em reunião ordinária da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ), com a relatoria do competente senador Weverton Rocha.
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