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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Aldo Rebelo diz a Nunes que fica na Prefeitura e desiste de tentar vice do prefeito

Prazo para desincompatibilização do cargo vence nesta quinta-feira, 6, quatro meses antes do primeiro turno

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Atualização:

O secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo (MDB), afirmou ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) no final da tarde desta quarta-feira, 5, que decidiu permanecer no cargo. Com isso, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff sepultou as chances de assumir a vice do prefeito na disputa pela reeleição — e pavimentou o caminho para o ex-presidente Jair Bolsonaro indicar o nome de sua confiança para a chapa, o ex-coronel da Rota Ricardo Mello Araújo (PL)

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Definido pela legislação eleitoral, o prazo para desincompatibilização do cargo de secretário municipal vence nesta quinta-feira, 6, quatro meses antes do primeiro turno. Até horas antes da decisão ser formalizada por Aldo, ainda havia dúvidas na Prefeitura de São Paulo se Aldo Rebelo renunciaria ao cargo para, ao menos, ficar apto para assumir a vice de Ricardo Nunes.

O próprio prefeito havia orientado seu auxiliar a deixar o cargo. O secretário afirmou a Nunes, porém, que prefere ficar onde está.

O ex-ministro Aldo Rebelo, que se lançou pré-candidato àPresidência da República Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO

Nos bastidores, lideranças do PL avaliam que Aldo Rebelo, ao permanecer na Prefeitura de São Paulo, fez seu maior gesto em direção ao bolsonarismo da sua recente trajetória política. Ele foi filiado ao PCdoB e ministro de Lula e Dilma, mas tem caminhado em direção à direita nos últimos anos.

Para aliados do ex-presidente, com Rebelo fora do páreo, Nunes não tem alternativa a não ser aceitar o vice indicado por Bolsonaro. O prefeito evita cravar um nome neste momento e nega imposições de Bolsonaro, mas vê a pressão crescer gradativamente.

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