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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Aliados de Lula defendem antecipar indicação ao BC para frear disparada do dólar

‘Tenho defendido essa hipótese em conversas com senadores, ministros e líderes do governo’, afirmou o senador Renan Calheiros à Coluna do Estadão

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Foto do author Eduardo Gayer

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm defendido que o governo antecipe sua indicação à presidência do Banco Central com o objetivo de frear a disparada do dólar. O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, é o favorito à vaga. A moeda americana encostou nos R$ 5,70 nesta terça-feira, reagindo ao enfrentamento do presidente com o mercado financeiro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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A discussão ganhou corpo ao longo da tarde nas fileiras do Congresso e do Palácio do Planalto, mas ainda não há um sinal claro de que Lula, de fato, poderia antecipar a sua indicação. O presidente está em viagem oficial à Bahia e deve discutir o assunto nesta quarta-feira, 3, em reunião com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), governista, defende o anúncio imediato do próximo presidente do Banco Central. “Tenho defendido essa hipótese em conversas com senadores, ministros e líderes do governo”, afirmou o parlamentar à Coluna do Estadão. Na avaliação de Calheiros, antecipar o nome do BC diminuiria tensões e as incertezas.

Sob reserva, um ministro afirmou à Coluna que anunciar Galípolo agora - caso haja a confirmação dessa escolha do presidente - ajudaria o governo a “colocar a bola no chão” em relação ao mercado financeiro.

O senador Renan Calheiros. Foto: Evaristo Sá/AFP

Mais cedo, Lula afirmou em entrevista que a alta do dólar é “jogo de interesse especulativo contra o real” e “não é normal”. “Temos de fazer alguma coisa. Eu não posso falar aqui o que é possível fazer, porque, se não, eu estaria alertando os meus adversários”, declarou o presidente.

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A fala deflagrou dúvidas de que o governo federal poderia adotar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de câmbio, como forma de segurar o dólar, mas a medida foi descartada por Haddad.

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