Apesar do voto de Rosa Weber pela ilegalidade do orçamento secreto, petistas dizem acreditar que a PEC da Transição sobreviverá na Câmara. O argumento é que Arthur Lira (PP-AL) já desconfiava que Rosa poderia ser dura em sua decisão, e eles ainda guardam a expectativa de que o veredito final dos demais ministros do Supremo não vá na mesma linha. Nesta quarta (14) à noite, ainda persistia entre deputados da sigla e também entre aliados de Lula na Câmara a ideia de que a Corte deve apenas “modular” o instrumento, estabelecendo critérios, como parte de uma solução de meio-termo. Dessa forma, não haveria motivos para o Centrão implodir – ainda – a PEC da Transição.
REBOTE. No Centrão, aliados de Lira voltaram a falar da possível saída de incluir na PEC da Transição um trecho que coloque as emendas de relator na Constituição. O caminho foi alardeado pelo próprio relator do texto na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), como uma forma de contornar o STF, mas é tortuoso.
CONTA. Mesmo que Elmar faça a alteração, ela teria de ser levada a votação no Senado. Aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não creem que haja apoio suficiente na Casa para a constitucionalização do orçamento secreto.
CORRIDA. Antes da decisão de Rosa, Lira havia acionado aliados dentro do PP para tentar ao máximo preservar o texto da PEC, tal qual havia chegado do Senado, com o intuito de acelerar a votação e garantir o pagamento das despesas do orçamento secreto deste ano.
PRONTO, FALEI! Oriovisto Guimarães, senador (Podemos-PR)
“A alteração da Lei das Estatais abriu um caminho alternativo ao orçamento secreto. Agora, o governo vai entregar cargos nas empresas para o Centrão.”
CLICK. Jerônimo Rodrigues, governador eleito da Bahia (PT)
Na posse do presidente do TCU, Bruno Dantas, se encontrou com o senador Jaques Wagner e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
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