EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Alinhamento do Congresso com agenda econômica do governo Lula despenca 16 pontos, mostra pesquisa

Resultado é alerta para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que corre para aprovar um plano de corte de gastos

PUBLICIDADE

Foto do author Iander Porcella

Má notícia para o governo Lula: no momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, corre para aprovar no Congresso um plano de corte de gastos, a concordância dos parlamentares com a agenda econômica despencou 16 pontos porcentuais na comparação com o cenário em julho. Esse é o resultado de uma pesquisa encampada pelo cientista político Leonardo Barreto, da consultoria Think Policy, e obtida com exclusividade pela Coluna do Estadão.

PUBLICIDADE

Os efeitos dessa queda no alinhamento de deputados e senadores com o Executivo já começam a ser sentidos no plenário da Câmara. O próprio presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira, 10, que há medidas impopulares no plano de Haddad e que hoje o governo não tem votos para aprovação. Outro exemplo: a urgência para a tramitação de um dos projetos do pacote fiscal foi aprovada com apenas três votos a mais do que o necessário na quarta-feira, 4. Além disso,.

Dos entrevistados, 36,9% discordam totalmente da agenda econômica do governo, 22,3% discordam parcialmente, 20,4% concordam totalmente, 19,4% concordam parcialmente e 1% não respondeu. Ainda segundo o levantamento, 62% dos parlamentares não acreditam que o governo cumprirá as regras fiscais e 77,7% dizem que não há espaço para mais impostos com o objetivo de aumentar as receitas federais. Foi constatada, ainda, grande insatisfação com o impasse no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a liberação de emendas parlamentares.

A pesquisa entrevistou de forma presencial 88 deputados e 15 senadores ao longo do último mês. A amostra foi dividida da seguinte forma: 1/3 de governistas, 1/3 de oposicionistas e 1/3 de independentes.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda Foto: Wilton Junior/Wilton Junior/Estadão
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.