Apesar de a organização do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista no próximo domingo, 25, estimar público de até 700 mil pessoas, a manifestação não alterou a taxa de ocupação dos hotéis da região, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP).
Segundo a associação, a taxa de ocupação dos hotéis na capital paulista para os dias 24 e 25 de fevereiro obedece a média histórica registrada nos finais de semana desta época do ano, o que representa cerca de 35%. A única exceção, porém, é o hotel Meliá Paulista, que registra uma taxa de ocupação de 50%, podendo chegar a 60% até domingo.
A ABIH-SP também destacou que nenhuma manifestação - seja de direita ou de esquerda - já teve força suficiente para alterar significativamente a média histórica da taxa de ocupação dos hotéis na região da Paulista. Segundo a associação, apenas eventos como a Fórmula 1 ou a Corrida Internacional de São Silvestre conseguem impactar o nível de ocupação.
No entanto, a manifestação bolsonarista que ocorreu na Paulista em 7 de setembro de 2022 também foi capaz de elevar a taxa de ocupação do hotel Meliá Paulista, localizado a 650 metros do Museu de Arte de São Paulo (MASP), tradicional ponto de encontro das manifestações promovidas por Bolsonaro.
Entre as hipóteses que explicam o aumento da ocupação deste hotel, estão a vista privilegiada para o evento, que faz com que o Meliá Paulista seja procurado por veículos de comunicação, e a proximidade com o ponto de concentração dos atos.
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