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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

As demandas que Lira precisa atender para garantir apoio dos evangélicos ao seu sucessor

Lideranças apontam projetos que carecem de apoio do presidente, que deseja fazer seu sucessor na Casa

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Foto do author Augusto Tenório

Lideranças evangélicas na Câmara afirmam, nos bastidores, que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), precisa bancar em 2024 algumas pautas de interesse da bancada se quiser garantir o apoio do grupo ao seu sucessor na eleição para a Mesa Diretora, que ocorrerá no início de 2025.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o deputado Elmar Nascimento (União-BA). Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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De acordo com as lideranças insatisfeitas com a aprovação do projeto que regulamenta apostas esportivas e legalizou o cassino on-line, Lira precisa pautar em plenário propostas que tratam sobre liberdade religiosa, a criminalização do consumo de drogas e, o mais caro para o grupo, o estatuto do nascituro contra o aborto.

O grupo lembra que apoiou Lira tanto na sua eleição, em 2021, quanto na sua reeleição, em 2023, quando ele bateu o recorde de apoio e obteve 464 votos.

O projeto sobre criminalização do consumo de drogas, de autoria do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), já foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara. O Estatuto do Nascituro, por sua vez, tem assinaturas para o regime de urgência, mas o requerimento ainda precisa ser votado em plenário.

A Frente Parlamentar Evangélica tem 203 deputados de diversos partidos. Seu presidente é o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), mas no próximo ano quem assume o comando do grupo é Eli Borges (PL-TO), por acordo já firmado entre os congressistas.

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O nome cotado para disputar a presidência da Câmara com apoio de Lira é Elmar Nascimento (União-BA). Mas outros políticos do grupo aliado ao presidente têm manifestado a intenção de concorrer. O alagoano evita, por ora, fazer declaração de candidato. Vai tentar adiar o debate.

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