Na retomada dos trabalhos no Congresso após as eleições municipais, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) lançou nesta terça-feira, 29, sua pré-candidatura à presidência do Senado. O movimento é pessoal e não foi plenamente acordado com seu partido, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. Hoje, o favorito nessa disputa interna é o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que já comandou a Casa e tenta reunir apoios no governo e na oposição.
“Trago comigo o sonho de todos os brasileiros que desejam mudança e Justiça para testemunhar o retorno do Brasil à sua normalidade”, declarou o senador, que reconheceu ser um “vencedor improvável”. “Os partidos certamente já têm seus acordos, articulações, mas eu tenho direito, e principalmente o dever de me apresentar”, acrescentou.
Nos bastidores, bolsonaristas tentam negociar uma anistia a Bolsonaro e aos presos do 8 de janeiro em troca de apoio nas eleições para a Mesa Diretora da Câmara e do Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a anistia não está em discussão na Casa. Já na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) criou uma comissão especial para analisar o tema, esfriando a pressão sobre seu candidato para sucedê-lo, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB).
O movimento de Marcos Pontes foi elogiado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), ferrenho opositor de Pacheco. O cearense vê “omissão” do Senado para conter supostos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF). “É bom que tenhamos opções para ter um Senado altivo, que defenda a verdadeira independência entre os Poderes, porque não é isso o que está acontecendo. Eu louvo a iniciativa corajosa do senador Marcos Pontes”,
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