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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Atletas olímpicos fazem desagravo a Ana Moser, rifada por Lula: ‘estamos envergonhados’

Reforma ministerial deve tirar cargo de ex-atleta para dar vaga a deputado federal do partido do presidente da Câmara, Arthur Lira

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Foto do author Eduardo Gayer

A Atletas pelo Brasil e a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) emitiram nesta terça-feira um desagravo à ministra do Esporte, Ana Moser, que deve ser demitida para o presidente Lula abrigar o Centrão no governo. “O esporte não é moeda de troca. Nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor”, diz a nota.

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Para os atletas, se a troca no ministério for consumada, Lula romperá com promessas de campanha e aniquilando a política para o esporte no País. A tendência é que o deputado federal André Fufuca (PP-MA) seja nomeado na pasta, turbinada com mais emendas e com a Secretaria Nacional das Apostas, como mostrou a Coluna.

Os signatários defendem Ana Moser e diz que a ministra tem apoio para seguir à frente do Ministério.

A ministra do Esporte, Ana Moser, que deve ser demitida nas próximas horas.  Foto: FOTO: FELIPE RAU/ESTADAO

“Lamentamos que, menos de um ano depois, em nome de uma pretensa governabilidade, o governo do presidente Lula possa vir a romper com seu discurso e promessas e, colocando o Ministério do Esporte na mesa de negociações políticas, aniquile toda e qualquer possibilidade de que a política de esporte que o Brasil precisa seja efetivamente implementada”, diz o manifesto.

Veja a nota na íntegra:

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A Atletas pelo Brasil e a Comissão de Atletas do COB vêm a público manifestar sua apreensão com uma possível mudança no comando do Ministério do Esporte – segundo a imprensa vem noticiando.

Ainda durante a campanha presidencial em 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro com representantes da área, disse que era necessária uma “revolução” na política pública de esporte, uma que ajudasse a “construir uma boa política de esporte para este país, da infância até a terceira idade”.

É justamente isso que a ministra Ana Moser tem se dedicado a fazer desde o início de sua gestão, mesmo com uma equipe reduzida e recursos escassos. É imperioso notar que, não fosse ela, não seria este o rumo da política de esporte.

Lamentamos que, menos de um ano depois, em nome de uma pretensa governabilidade, o governo do presidente Lula possa vir a romper com seu discurso e promessas e, colocando o Ministério do Esporte na mesa de negociações políticas, aniquile toda e qualquer possibilidade de que a política de esporte que o Brasil precisa seja efetivamente implementada.

O esporte não é moeda de troca. Nos sentimos envergonhados e desprestigiados, vendo que o esporte no Brasil continua sendo encarado como algo menor.

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A ministra Ana Moser tem o nosso apoio e o da comunidade esportiva para continuar avançando rumo às mudanças necessárias na estrutura da política pública de esporte do país, visando a democratização de seu acesso a todas as brasileiras e brasileiros.

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